Viu, Merval, propina tucana da Alstom também era federal

Os tucanos já não precisam se sentir inferiorizados em matéria de corrupção, nos critérios de analistas como Merval Pereira, que ontem classificou como “menor” o surrupio de dinheiro público em escala regional e quando o dinheiro era pessoalmente embolsado e não ia para partidos políticos utilizarem-no na disputa pelo poder.

O Estadão divulga hoje que, além das empresas do governo paulista, a Alstom distribuiu, nos anos 90, R$ 45 milhões em propinas a empresas federais como Furnas e Eletrobras; o dinheiro, segundo o jornal, “foi parar em cofres de partidos políticos”.

A Alstom, como mostram os documentos da Siemens que estão sendo usados na investigação do Cade, e mostrados na Folha, era a empresa que ” tem influência” nas instâncias políticas superiores”. E que, “por pressão do governo”, tinha de ter sua parte no “racha” das encomendas garantida contratualmente.

E tudo, voltando ao Estadão, operado por uma quadrilha de dez pessoas, várias empresas offshore e com uma tabelinha muito bem organizada para dizer quanto era para ser pago a cada uma delas.

Coisa de “gestão”, nada de envelope pardo com dinheiro.

Portanto, segundo os critérios “merválicos”, passou a ser propina “de primeira”. Aguardemos, portanto, seu próximo artigo, elevando a propinagem tucana ao rating AAA, embora hoje com viés de baixa.

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