Witzel teria feito melhor se governasse, em lugar de “pagar mico”

Vai começar a bobajada de dizer que “um pequeno grupo de vândalos” foi o responsável pela confusão de hoje, na Avenida Presidente Vargas, na festa de comemoração do título da Libertadores da América.

Assisti tudo pela TV e foi evidente que houve um grotesco erro de organização da dispersão de um ato que juntou centenas de milhares de pessoas .

Se fossem só vândalos, que estrago teriam feito durante as quatro horas de desfiles da multidão?

Houve um erro crasso no planejamento da dispersão.

Quiseram “sair” da massa em um paquidérmico caminhão que, todos viram, só conseguia arrastar-se e passar por vias largas.

Não foi isolada uma área para que os jogadores e comissão técnica pudessem descer e passar para veículos mais ágeis, como vans, que pudessem deixar o local com rapidez e manobrabilidade. Três, com batedores da PM e escoltas, bastariam, tanto que o cordão de isolamento em volta do caminhão funcionou durante todo o percurso.

Mas preferiam passar o mastodonte para uma via transversal e a torcida se acumulou.

Você vê aí na foto o momento em que a confusão começou, com guardinhas jogando spray de pimenta nos torcedores que queriam seguir o caminhão, Logo depois, foram bombas na multidão, em boa parte formada por mulheres e crianças.

É óbvio que o bloqueio da saída do desfile deveria ter sido feito pelo Batalhão de Choque, fileiras cerradas, de escudos, não por guardinhas de boné.

Na cobertura de Globonews várias pessoas diziam que a agressão começou pela PM, com spray e gás, o que não mudou a narrativa da emissora.

O lugar do governador do Estado era estar acompanhando e coordenando todo o aparato de segurança, mas ele preferiu “pagar mico” se ajoelhando para o artilheiro Gabigol e ir de papagaio de pirata do trio elétrico dos flamenguistas.

Quem acompanhou as imagens do episódio viu quão perto estivemos de acontecimentos trágicos.

Grupos de policiais apontando armas letais para a multidão: pistolas .40, revolvões Magnum, fuzis. Uma pedrada poderia ter detonado os disparos e uma tragédia.

Mas o importante, para nossoas governantes, é pegar carona.

No campeonato, no trio elétrico, na paixão popular.

O resto, põe-se nas costas dos “vândalos”.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

20 respostas

  1. Quem leva criança p um furdunço desses so pode ser um paspalhao irresponsável e tem mais que se flader

    1. aí é que está, não devia ser “furdunço” nenhum e a presença de crianças acompanhando os pais deveria ser normal. O anormal, aqui, são nossas “autoridades”.

  2. Quem leva criança p um furdunço desses so pode ser um paspalhao irresponsável e tem mais que se flader

  3. Me pergunto como o governador Auschwitzel reagiria se um dos PMs atirasse uma das armas letais, “por acidente”, acertando o próprio. Algo me diz que rolaria a cabeça do PM de “mira torta” e só.

  4. Ainda ontem , no ufanismo característico do brasileiro…..eu disse que hoje o POVO continuaria enfrentando o TERROR….taí.

    Por isso , também, preferia que o River Plate , que é muito maior que o Flamengo e seu tradicional apito amigo, vencesse .

    Mas o ideal seria que ambos saíssem derrotados.

  5. Mais uma vez fica provado que
    falta de COMPETÊNCIA também é um grave problema nacional. Quanto ao Witzel, pagou mico para nós, mas na prática conseguiu o que queria. Aliás a direita está deitando e rolando, inclusive o Witzel já postou uma foto ao lado do gabigol. E ainda tem gente que se ilude, são raríssimos os jogadores que têm posição política progressista.

  6. Por falar em pagar mico, Witzel homenageou o sesquicentenário da publicação da “A Origem das Espécies”, de Darwin. Ainda existem traços residuais no comportamento de algumas pessoas que ressoam os nossos ancestrais símios.

  7. Futebol,meu esporte favorito ,o praticava sempre que podía quando jovem.Gosto de ver futebol,torço,vibro,e pronto.Acabou o jogo ,voltamos a realidade.
    Nunca conseguí entender essas pessoas ,que saem massivamente empurrados por um fato tão fútil e que não muda nada em suas vidas ,só muda a dos profissionais os que vivem desse negócio,mas se vc convida-las a participar de um protesto contra os governantes que ferram com sua vida ,inventam mil e uma desculpas para não ir.
    Era um mar vermelho e preto,sería maravilhoso se fosse um protesto contra o delinquente do Planalto,mas não,era pelo futebol.
    O que fazer com uma massa dessas?

    1. Uma vez me disseram que em São Paulo quem faz essas passeatas/festas são as “organizadas” e demais vagabundos, no Rio são funcionário públicos exercendo seus amplos direitos de não ir trabalhar.

  8. Prezado Fernando Brito, acho que recomendar que o fascista Witzel use o fascista Batalhão de Choque para “conter” o povo não foi uma proposta feliz. O Batalhão de Choque gosta é de bater no povo, e faz isso com mais competência do que os PMs comuns e a Guarda Municipal.

    1. estou falando apenas do isolamento da saída dos jogadores e nada com a intenção de agredir, mas apenas de bloquear a saidda, como era obvio

  9. Pelo menos o Flamengo deu uma banana para o Bozo que queria que o avião pousasse em Brasília para ele tirar uma casquinha , mas foi direto para o Rio e a multidão sobre o comando da globo se movimentou como gado sendo tangido , me lembrou as “manifestações” de 2013 no inicio do golpe.

  10. Isso aí caro Brito. E tem mais, esta policia gosta de agredir, precisa de inimigos pobres e indefesos para exercitar ignorância.

  11. “É óbvio que o bloqueio da saída do desfile deveria ter sido feito pelo
    Batalhão de Choque, fileiras cerradas, de escudos, não por guardinhas de
    boné.”

    Êta comentário infeliz. É óbvio que a polícia deveria ter deixado o povo festejar em paz em vez de tentar reprimi-lo como um padrasto carrasco que determina até que hora as crianças podem ficar na rua.

      1. Dá no mesmo. A tropa de choque não teria feito um trabalho melhor, apenas teria reprimido com mais competência (e violência).

  12. Imagina se a Lei do Tiro Livre ou a Lei do Abate estivesse em vigor… A torcida do Flamengo tinha diminuído um pouco…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *