Antes – embora muito e inexplicavelmente – tarde do que nunca.
O presidente do Supremo, José Antonio Dias Toffoli revogou a censura que ele e o ministro Luiz Fux tinha decretado quando a qualquer entrevista do ex-presidente Lula.
Censura que durou mais de seis meses, desde setembro do ano passado.
Não foi, sequer, censura a algo que se disse, como no caso que está mobilizando xingadores em nome da liberdade de expressão.
Foi censura prévia, e não a algo que iria se dizer, mas a quem iria dizer.
Pior, a que sequer esta pessoa pudesse mostrar o seu rosto, algo que só aconteceu há pouco, no evento trágico da morte de seu neto.
É preciso repor as coisas nos lugares.
Eles são os homens do silêncio, da prisão, da privação de liberdade, inclusive da de palavra.
Não são as vítimas, são os algozes.