A direita segue com Bolsonaro, mas o centro o abandona

A leitura da pesquisa CNT-MDA, divulgada hoje – e com todas as ressalvas pela limitação de qualquer pesquisa hoje, feita por celular e com as distorções que isso traz – é a que está expressa aí no título.

Bolsonaro segue impávido em seu controle da direita e seu terço de eleitores. Sempre foi este o eleitorado cativo dos reacionários, dos elitistas, a diferença é, hoje, basicamente no grau de boçalidade em que mergulharam.

Boçalidade a qual, aliás, a monstruosidade da atuação do atual presidente atiçou: os que o consideravam ótimo passaram de 9,5% para 14,3 por cento e sua perda de avaliação positiva se deu apenas entre os que o apontavam apenas como “bom”

A diferença está, para mim, no deslocamento de um grande percentual dos brasileiros até a algum tempo condescendentes com o ex-capitão, para uma rejeição completa à sua estupidez e despreparo para dirigir o país.

As avaliações de “ruim” ( 11,1%, 1,6% mais que em janeiro) e, sobretudo, de “péssimo’ (32,3%, quase doze pontos acima da de há 4 meses) é que revelam a radicalização da oposição da sociedade a Bolsonaro.

E com espaço para aumentar, pois despareceram as expectativas positivas registradas em janeiro quanto à renda, ao emprego e aos serviços de Saúde e de Educação.

O apoio às políticas de isolamento geral coincidem com a soma das avaliações negativas com as regulares, ficando um terço apenas com a tese estúpida de que só os grupos de risco deveriam isolar-se.

Este terço fanático é a chave da força política de Jair Bolsonaro. Enquanto ele a tiver, tem a direita sob controle. Até porque a parte que não é fanática está, ainda, carregada do fel que nela injetaram contra o PT e a esquerda.

Preferem agarrar-se ao horror real que entender que só em aliança com a esquerda poderão livrar-se do fascista.

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