A política no Rio não pode seguir sendo caso de polícia

Ontem, abordou-se aqui a necessidade de que o campo progressista apresente uma candidatura viável à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Hoje cedo, uma nova operação policial atingindo com ordens de prisão o secretário estadual de Educação do Rio, Pedro Fernandes e a filha de Roberto Jefferson, o neobolsonarista que se define no Twitter como “Alferes de Deus, Atalaia da família cristã, Leão conservador, Rugido da liberdade, Harleyro e CAC“, este último uma sigla para os “arminhas” – Caçadores, Atiradores e Colecionadores.

O Rio, como se vê, virou terra de ninguém na política, está evidente.

Vai ser atirado, ainda mais profundamente, no pantanal da milícia e do fundamentalismo.

Apetites partidários, por mais legítimos que sejam, e indisposições pessoais não podem ser colocados à frente da imperiosa necessidade de oferecer aos cariocas alguém capaz de encarnar as tradições de alegria e liberdade do Rio de Janeiro.

Não se culpe o povo carioca por isso.

Ter, pelo terceiro dia consecutivo, uma foto de carro de polícia ilustrando textos sobre a política carioca, para quem conheceu esta cidade ser o florão da rebeldia no Brasil, é duro demais.

 

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