Aécio não se descola do caso do aeroporto no Jornal Nacional

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Se foi proposital, para ver se Aécio Neves “limpava a barra” do assunto Aeroporto de Cláudio – aliás, para que, pois isso não “colou” nas pesquisas, diz o Ibope, não é? – a entrevista do tucano ao Jornal Nacional não funcionou.

Aécio tinha que fazer um “midia training” com Geraldo Alckmin, que nega o racionamento de água em São Paulo com uma impenetrável cara-de-pau.

Embora as perguntas de Willian Bonner tenham sido aparentemente duras, não foram objetivas.

Não interessa se Aécio se sente ou não constrangido. Até porque, claro, a pergunta só tem uma resposta possível: não. Ou Bonner esperava que o moço fosse cair aos prantos e dizer que estava envergonhado e não ia fazer mais isso?

Jornalismo de divã?

Importa é saber porque uma obra de R$ 14 milhões (R$ 18 milhões, em valores de hoje) e mais o custo da desapropriação do terreno, que nas previsões orçamentárias do Governo de Minas podem custar entre R$ 3,5 milhões e R$ 20 milhões (ninguém foi olhar o laudo pericial) foi feita numa cidade de menos de 30 mil habitantes, onde talvez não existam dois aviões matriculados e que tem um aeroporto a 50 km de  distância.

Também não interessa se a fazenda de Aécio está na família há um ou cem anos, ou se tem 30 alqueires (cerca de 150 hectares, porque o alqueire mineiro vale 4,84 ha) ou se só tem 14 cabeças de gado (o que é muito pouco para terras deste tamanho, minimamente administradas).

O que importa é saber o que faz o aeroporto fechado há quatro anos, o que fazem as chaves nas mãos da família, o que faz aquele elefante branco (ou preto, de asfalto) inútil, a não ser para os vôos privados de Aécio (que não se sabe quantos foram) e para brincadeiras de aeromodelismo.

E o que importa, sobretudo, é que, mesmo para a audiência decadente do Jornal Nacional, o assunto chegou às milhões de pessoas que ainda o assistem e a imagem de “Rolando Lero” que o candidato deixou na questão.

O resto da entrevista, você espreme, torce, e não tem conteúdo algum.

Escapismo puro em relação ao aumento das tarifas, nenhum projeto concreto de investimento, nenhum programa de obras. Ao ponto que o candidato chega a dizer que “ninguém espere no governo Aécio Neves o pacote A, o PAC disso, o PAC daquilo. ”

Juscelino morreria de vergonha do conterrâneo.

Mas é verdade. Aécio não tem nenhum programa de aceleração do crescimento.

Por isso fica no seu PAC, Pista do Aeroporto de Cláudio

Veja e leia a entrevista de Aécio no Jornal Nacional:

William Bonner: Boa noite, candidato.

Aécio Neves: Boa noite, Bonner. Boa noite, Patrícia. Boa noite, brasileiros de todas as partes do país, que nos ouvem aqui hoje. Prazer enorme estar aqui.

William Bonner: Obrigado. O tempo total da entrevista é de 15 minutos, dos quais nós reservamos o último minuto e meio para que o candidato fale resumidamente, claro, sobre os projetos que ele considera prioritários caso seja eleito. E o tempo começa a ser contado a partir de agora. Candidato, quando o senhor critica a situação da economia brasileira, o senhor tem dito que, seja quem for o presidente eleito para o ano que vem, vai ter que fazer uma arrumação da casa. O senhor já mencionou choque de gestão, redução de número de ministérios, redução de cargos comissionados. O senhor já falou em combate a desperdícios. Mas economistas que concordam com o seu diagnóstico para a economia brasileira dizem que essas medidas que o senhor tem anunciado não bastam, elas não seriam suficientes para resolver. Que seria necessário que o governo fizesse um corte profundo de gastos. Que seria necessário que o governo também eliminasse a defasagem de tarifas públicas como preço da gasolina e energia elétrica. A questão é a seguinte: o senhor não vai fazer essas medidas que os economistas defendem? Ou o senhor está procurando não mencionar essas medidas, porque elas são impopulares?

Aécio Neves: Bonner, eu tenho dito em todos os fóruns e aqui, a vocês, de forma muito clara. Vou tomar as medidas necessárias a que o Brasil retome o ritmo de crescimento minimamente aceitável. Não é adequado, não é compreensível que um país com as potencialidades do Brasil seja o lanterna do crescimento na América do Sul. E estejamos aí de novo com aquela agenda que achávamos já derrotada há tempos atrás, como a da inflação, de novo a atormentar a vida do cidadão, da cidadã brasileira. Eu tenho tido a oportunidade de me reunir, Bonner, com alguns dos mais talentosos economistas do Brasil. Mas, na outra ponta também, eu tenho conversado com as pessoas. O que o brasileiro quer? Transparência. Um governo que tenha coragem de fazer aquilo que seja necessário. Nós vamos, sim, enxugar o estado. Não é admissível, não é razoável que nós tenhamos hoje 39 ministérios. Não apenas pelo custo dos ministérios, mas pela incapacidade deles de apresentarem resultados, entregarem serviços de qualidade às pessoas. E estejamos hoje vivendo uma política externa, cujo o alinhamento ideológico é prioridade sobre o pragmatismo, sobre o interesse real do Brasil e da nossa economia. E tudo isso levou a uma crise de confiança muito grande no Brasil.

William Bonner: Mas o senhor não respondeu a minha pergunta. A minha pergunta é se entre essas necessidades se inclui a redução dos gastos públicos e o fim dessa defasagem das tarifas de energia e gasolina.

Aécio Neves: Não, eu respondo com absoluta clareza. Começando do final. No meu governo vai haver previsibilidade em relação a essas tarifas e em todas as medidas do governo. Ninguém espere no governo Aécio Neves o pacote A, o PAC disso, o PAC daquilo. Ou algum plano mirabolante.

William Bonner: Mas o senhor vai aumentar as tarifas?

Aécio Neves: Nós vamos tomar as medidas necessárias. É óbvio que nós vamos ter que viver um processo de realinhamento desses preços. Quando e como? Obviamente, quando você tiver os dados sobre a realidade do governo é que você vai estabelecer isso. Eu não vou temer tomar aquilo que seja necessário. As medidas necessárias para controlar a inflação, retomar o crescimento e, principalmente, Patrícia e Bonner, a confiança perdida no Brasil. Porque essa desconfiança em relação ao nosso país afugenta os investimentos. E os investimentos indo embora, os empregos vão embora. Olha, o saldo da balança comercial de manufaturados, dos produtos que mais agregam valor, produzidos no Brasil, no ano passado, foi negativo em R$ 107 bilhões. Sabe o que isso significa? Que os empregos que deveriam estar sendo gerados no Nordeste brasileiro, no Centro-Oeste, no Norte, estão sendo gerados na Ásia e em outras partes do mundo. Isso tem que acabar.

Patrícia Poeta: Candidato, o seu partido é crítico ferrenho de casos de corrupção que envolvem o PT. Mas o seu partido também é acusado de envolvimento em escândalos graves de corrupção. Como é o caso do mensalão mineiro e também do pagamento de propina a funcionários públicos pelo cartel de trens e metrôs de São Paulo. Isso para citar dois exemplos. Toda vez que escândalos como esses vêm a público, tanto o PT quanto o PSDB usam o mesmo discurso. Um discurso óbvio e correto. Que tudo tem que ser investigado, que se houver culpado tem que ser punido. Por que o eleitor iria acreditar que exista diferença entre os dois partidos quando o assunto é esse: corrupção?

Aécio Neves: Patrícia, eu acho que a diferença é enorme. Porque no caso do PT houve uma condenação pela mais alta corte brasileira. Estão presos líderes do partido, tesoureiros do partido, pessoas que tinham postos de destaque na administração federal, por denúncia de corrupção. Eu nunca torci para ninguém ser preso. Sendo aliado ou adversário. Apenas torcia sempre e esperava que a Justiça se manifestasse. Em relação ao PSDB ou aqueles sem partido, se tiverem denúncias que sejam consistentes, têm que ser investigadas e têm que responder por elas. O que eu posso garantir é que, no caso do PSDB, se eventualmente alguém for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional. Porque isso deseduca. Portanto, todos os partidos estão aí e têm a possibilidade de ter nomes que sejam envolvidos em quaisquer denúncias. Apuração e punição: é isso que esperam os brasileiros, independente da filiação partidária.

Patrícia Poeta: Mas candidato, vamos pegar um exemplo aqui: Eduardo Azeredo, que foi um dos principais acusados de ser beneficiado no escândalo do mensalão mineiro, renunciou e por isso não foi julgado ainda. Ele está ao seu lado, no seu palanque, apoiando essa campanha eleitoral. Isso de uma certa forma lhe causa algum desconforto, não é passar a mão na cabeça das pessoas, de alguém do partido, um réu, nesse caso?

Aécio Neves: Ele está me apoiando, você colocou bem, Patrícia, não é o inverso. Ele é um membro do partido e que tem a oportunidade de se defender na Justiça, vamos aguardar que a Justiça possa julgá-lo, se condenado, ele vai ser punido, mas eu não prejulgo, não prejulguei os petistas, não vou prejulgar os tucanos. O que eu posso te dizer e reitero aqui: independente do partido político, eu acho que qualquer cidadão tem que responder pelos seus atos. E o Eduardo vai responder pelos dele. Vamos deixar que ele possa se defender.

William Bonner: Candidato, quando o senhor era governador do estado de Minas Gerais, o senhor construiu um aeroporto no município de Cláudio, a sua família tem uma fazenda a seis quilômetros desse aeroporto e a pista foi construída ao lado de terras do seu tio-avô. O senhor já disse diversas vezes que não houve nenhuma irregularidade nisso, que as terras eram públicas, porque já tinham sido desapropriadas, inclusive a sua família discorda do valor arbitrado para essa desapropriação, contesta esse valor, considera injusto, está na Justiça. O senhor disse também que o aeroporto foi criado pelo senhor para beneficiar a economia da região. E desde que esse assunto surgiu, o único erro que o senhor admite ter cometido, eu vou ler as suas palavras, o senhor disse que ‘viu aquela obra com os olhos da comunidade local e não da forma como a sociedade a veria à distância’. Eu pergunto: mesmo aos olhos da comunidade local, candidato, o senhor considera republicano construir um aeroporto que poderia ser visto como um benefício para a sua família, no mínimo, por valorizar as terras dela?

Aécio Neves: Bonner, eu tenho que agradecer muito a oportunidade que você me dá de tocar nesse tema. Esperava ter essa oportunidade para fazê-lo. O meu governo foi um governo republicano, foi um governo absolutamente transparente. Eu transformei Minas Gerais num estado, Bonner, que tem a melhor educação do Brasil no ensino fundamental, a melhor saúde de toda a Região Sudeste. Nós ligamos num planejamento, aliás, algo em falta hoje no plano federal, todas as cidades mineiras que não tinham asfalto, 225 cidades foram ligadas por asfalto no meu governo. Quatrocentos e cinquenta cidades não tinham telefonia celular, eu fiz a primeira PPP do Brasil e liguei essas cidades ao desenvolvimento através da telefonia celular e fiz um programa chamado ProAero que ligou 29 cidades de um total de 92 aeroportos que existem espalhados por Minas, você sabe que Minas é o estado que tem o maior número de municípios, somos 853, como instrumento do desenvolvimento regional, e, veja bem, nesse caso, especificamente, se houve algum prejudicado foi esse meu tio-avô, porque o estado avaliou aquela área em R$ 1 milhão, ele reivindica na Justiça R$ 9 milhões, não recebeu R$ 1 até hoje. Foi feito assim de forma transparente, absolutamente republicana, e a população daquela localidade sabe a importância desse aeródromo, uma pista asfaltada.

William Bonner: Mas candidato, essa questão produziu muita polêmica porque, imediatamente, levantou-se uma suspeita sobre o benefício a sua família, que o senhor diz não ter havido. E o senhor tem algum tipo de constrangimento ético pelo fato de ter utilizado essa pista quando visitou a fazenda da sua família?

Aécio Neves: Não, não tenho, até porque não sabia que essa pista não estava homologada, aliás essa é uma questão.

William Bonner: Perdão, mas não se trata da questão da homologação. A homologação é uma questão burocrática. A minha pergunta é sobre usar um aeroporto que foi construído pelo estado de Minas Gerais para visitar uma fazenda sua. Isso não lhe constrange?

Aécio Neves: Bonner, eu visitei praticamente todos os aeroportos de Minas Gerais, trabalhando como governador do estado e o fato central é esse, que a Anac, porque é muito aparelhada hoje, nós sabemos a origem das indicações da Anac, durante três anos não conseguiu fazer o processo avançar e homologar o aeroporto. Bonner, o meu governo é reconhecido em Minas Gerais como o governo transformador. Eu deixei Minas com 92% de aprovação e é exatamente essa experiência republicana, correta, transparente do meu governo que eu quero implementar no Brasil. Não há nenhum constrangimento, Bonner.

William Bonner: Para fechar essa questão: o que vale mais, uma fazenda com um aeroporto ao lado ou uma fazenda sem um aeroporto ao lado?

Aécio Neves: Olha essa fazenda que você se refere, é uma fazenda que está na minha família há 150 anos, tem lá 14 cabeças de gado. Essa é a grande fazenda. É um sitio que valorizado ou não, Bonner, é um sítio onde a minha família vai, eventualmente, nas férias, ali ninguém está fazendo um negócio. Essa cidade precisava desse aeroporto como todas as outras que tiveram investimentos em Minas Gerais, eu nunca na minha vida inteira fiz nada aquilo que eu não pudesse defender de cabeça erguida. Criou-se em torno desse caso uma celeuma, que você próprio deve estar surpreso agora, é um sítio da nossa parte talvez de 30 alqueires, algo absolutamente familiar, pequeno. Nada a ver com esse aeroporto, até porque nesse local já havia uma pista que eu poderia ter descido numa pista que estava lá há mais de 20 anos.

Patrícia Poeta: Candidato, vamos falar de programas sociais. O senhor tem dito que vai manter alguns dos principais programas sociais do governo atual, como é o caso do Bolsa Família, o ProUni, o Pronatec, o Mais Médicos e também a política de reajuste do salário mínimo. A sensação que dá para muitos eleitores, é que o senhor, sim, aprova o desempenho do PT nessa área, na área social. Por que então esses eleitores iriam querer mudar de presidente?

Aécio Neves: Porque a verdade é essa, Patrícia. Todos percebemos de forma muito clara que o Brasil parou de crescer. Os empregos de boa qualidade deixaram de ser gerados aqui. E até os de baixa qualidade também, segundo os últimos dados oficiais, estão deixando de acontecer. A grande realidade é que administrar, e olha que eu fui um governador razoavelmente exitoso, é transformar, e transformar para melhor as boas experiências. O que é o Bolsa Família, Patrícia? O Bolsa Família é a junção do Bolsa Escola, do Bolsa Alimentação, do Vale Gás, que vieram do governo do presidente Fernando Henrique, e corretamente o presidente Lula os unificou e adensou. Não só vou continuar com o Bolsa Família, como eu quero que, além da privação da renda, as pessoas que o recebem possam ter uma ação do estado, para que outras carências de saneamento, de educação, de segurança, possam também ser sanadas. O Prouni é uma inspiração de uma experiência do governo de Goiás. Todo mundo, de alguma forma, copia e aprimora e ninguém tem que ter vergonha disso. O meu governo, ele vai ser renovador no padrão ético, no padrão moral, em relação a esse governo, e vai ampliar as boas políticas. Mas certamente vai ser um governo que vai resgatar a capacidade de o Brasil crescer.

Patrícia Poeta: O senhor quer manter e aprimorar esses programas sociais.

Aécio Neves: É isso que deve fazer o bom gestor.

Patrícia Poeta: Candidato, como é que o senhor explica o desempenho no campo social de um estado rico como Minas Gerais que, hoje, sustenta o menor Índice de Desenvolvimento Humano de toda a Região Sudeste e ocupa a nona posição no ranking nacional, entre todos os estados brasileiros. Estava em oitava posição anos atrás e agora está em nona posição.

Aécio Neves: Patrícia, estes números têm que ser vistos no seu conjunto. Minas Gerais avançou e avançou muito. Agora Minas tem no nosso território, incrustado no nosso território, o Vale do Jequitinhonha, o norte mineiro, o Mucuri, que é uma região, que, historicamente, tem um IDH menor do que a média do Nordeste. O grande esforço do nosso governo foi reduzir essas diferenças. E fizemos isso. Minas tem hoje a melhor educação fundamental do Brasil, mesmo sendo um estado heterogêneo, e não sendo o mais rico dos estados brasileiros. A melhor saúde de toda Região Sudeste. E é um estado que se desenvolve muito. Qual que é a questão específica? Nós tivemos um momento ruim, de determinadas atividades econômicas nossas, que perderam valor, como minério e o café. Essa sazonalidade existe. Mas Minas é hoje referência, não apenas no Brasil, mas fora do Brasil, pelos organismos internacionais, como Banco Mundial, de um modelo a ser seguido, de um estado com sensibilidade social e com gestão profissional.

William Bonner: O senhor mencionou já duas vezes a saúde em Minas Gerais, o senhor tem dito que é a melhor do Sudeste, a quarta melhor do Brasil. No entanto, os analistas que se debruçaram sobre investimentos públicos na saúde de Minas afirmam que isso foi muito mais resultado de investimentos da União e de municípios do que do estado. O senhor não considera a saúde uma prioridade também de governos estaduais, candidato?

Aécio Neves: Absoluta. O que nós fizemos em Minas, Bonner, é transformador. Qualquer especialista nessa matéria reconhece isso. Eu estive há poucos dias atrás reunido na USP. Com a diretora da USP e outros renomados especialistas em saúde pública. No meio da reunião, vou aqui confidenciar isso, a diretora da USP disse pra mim o seguinte: ‘Aécio, você não tem nada o que aprender conosco aqui sobre saúde pública, não. O que vocês fizeram em Minas foi transformador’. Seja em relação à saúde preventiva, onde nós dobramos os números de equipe do programa Saúde da Família, quanto na qualificação dos hospitais através do Pro-Hosp, na preparação das pessoas. Saúde é prioridade para qualquer governo responsável e será no nosso.

Patrícia Poeta: Candidato, nosso tempo está acabando. Última pergunta. Dos projetos que o senhor tem para o país, quais seriam os prioritários?

Aécio Neves: Na verdade, Patrícia, eu quero governar o Brasil para iniciar um novo ciclo de desenvolvimento no país, um ciclo que concilie ética com eficiência. Sem dúvida alguma os quadros que nós temos à nossa disposição e a coragem que teremos para fazer o que precisa ser feito é que permitirá que, no nosso governo, o Brasil volte a crescer. Mas eu quero melhorar o Brasil é para a dona Brenda, que eu conheci essa semana, lá nas margens do Rio Negro, no Amazonas, que quer um posto de saúde melhor na sua comunidade. Ou para o seu Severino, lá de Mauriti no Ceará, que espera que as obras do São Francisco possam chegar perto da sua casa, ele já acha que só os seus netos é que verão. Eu quero que a Suelen, lá de Campina Grande, que eu conheci no ano passado, continue vendendo na feira como vendia, não vende mais porque a inflação está aí a perturbar a vida de todos. Eu quero fazer um governo para as pessoas, um governo responsável, corajoso, mas que pense naquele que mais precisa da ação do estado. Por isso, eu, neste instante, peço a você que está nos ouvindo, o voto, o seu apoio para transformarmos de verdade o Brasil. Vocês vão se orgulhar muito disso.

Patrícia Poeta: Obrigada pela sua participação aqui na bancada do Jornal Nacional. Lembrando que amanhã o entrevistado ao vivo aqui no Jornal Nacional será o candidato do PSB, Eduardo Campos.

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34 respostas

  1. Valor das terras da fazenda: visite qualquer site imobiliário para consultar “fazenda em Cláudio-MG”. Encontraremos fazendas de 60 alqueires por R$ 1.500.000,00. De maneira que o “Sítio do Titio”, de “apenas” 30 alqueires, valeria por volta de R$ 750.000,00. O governo de Minas desapropriou as terras por R$ 1.000.000,00, preço acima do mercado – inusual portanto – e o titio não aceitou. Porquê? Porque “minhas terras são diferentes. Elas contêm um aeroporto. Por isso, quero R$ 9.000.000,00” Simples assim….

    1. Quantos alqueires foram desapropriados? Lembrando que o alqueire mineiro corresponde a 4,84 hectares. Talvez tenham sido uns 2 alqueires. Dois alqueires na região não devem valer nem R$ 100 mil. E o tio acha pouco receber R$ 1 milhão???

      1. Se vc tem um imóvel e quer vender! O preço é o seu ou o de quem quer comprar? Dar palpite no que não é seu e mole!

  2. Fico indignado com o cinismo do candidato, principalmente quando ele coloca a saúde do nosso estado em primeiro lugar do país, a prova de que estou eu vivi no ano passado, mais precisamente em setembro quando meu irmão faleceu na Santa Casa de Ibiá MG por absoluta falta de aparelhagem do hospital e negligência médica. Só para vocês terem uma ideia, quando ele se apresentou com os primeiros sintomas de aneurisma no hospital, o médico o diagnosticou como sendo uma virose e no dia seguinte apresentando outro diagnóstico também errado e chegando a cobrar R$ 600,00 em dinheiro para acompanha-lo na ambulância até Patos de Minas on de ele não resistiu vindo a falecer.

  3. Essa entrevista foi uma pouca vergonha. Perguntas cretinas, respostas cretinas. Ninguém perguntou do superfaturamento pq não tem como escapar disso. Tentaram dar um viés de imparcialidade, mas era nítido o desconforto dos entrevistadores.

    O PSDB está com saudade de Serra e ALckmin kkkkkk

  4. Ele quer que o povo continue vendendo na feira para que ele possa voar pelos ares enebriado do pó e poder. Esta besta não tem nem QI para esta tentativa.

  5. Esse candidato que diz que vai resolver os problemas do Brasil foi incapaz de aumentar o IDH de Minas e diz que a culpa é do Jequitinhonha, ora , se ele foi incapaz de melhorar o IDH do Jequintinhonha vai lah melhorar o Brasil em quê? Outra coisa, sobre a Saude e as verbas da União, fugiu do assunto e enche a boca pra dizer que seu governo tornou a melhor Saude do Sudeste. Tanta enrolação. Tomara que o povo esteja atento.

    1. Concordo com vc, o povo tem que estar muito atento! A primeira providencia é banir os PTralhas , 10 promessas eles fizeram, das 10, nenhuma foram cumpridas, fizeram apenas algumas que não foram prometidas; Falir a Petrobras, companhias de energia Elétrica, os Programas de Saúde, Ensino, Segurança. Já começaram a delirar, se gostaram da morte do Eduardo Campos, o tiro saiu pela Culatra. Agora são 2 quadrilhas.

  6. Li o texto da entrevista – pra ser sincero, quase todo.
    Adorei a parte em que o Governo Lula – do PT – unificou e adensou os programas Bolsa Escola, Vale Gás, etc. no Bolsa Família. Segundo ele reconheceu, coisas de bom gestor.
    O PROUNI é de Goiás. Ótimo isso, não sabia que Goiás já tinha ENEM. Qual seria o processo de seleção? Mas era pra quem? Pro Governador Perillo se formar em uma turma só dele, especialmente feita pra ele, em que compareceu como paraninfo ou homenageado o Ministro Gilmar Mendes junto com o Senador Demóstenes Torres.
    Mas uma especialista da USP – qual o nome da especialista – garantiu que ele sabe tudo de saúde. Estamos mal, quando um candidato a presidente parece que sabe tudo de algo – e se vangloria disso.
    Em suma, fico com a impressão do Diário do Centro do Mundo – Aécio é um Maluf (pra mim, talvez piorado) respondendo as perguntas.

  7. Wilian Homer disse que não importava o fato de Aéreo Neves, um senador e ex-governador, ter usado esses anos todos, um aeroporto irregular, sem autorização para funcionar. Homer disse que isso é irrelevante, um detalhe burocrático. Ele acha que o público do Jornal Nacional é imbecil e vai engolir essa. Mas o que ele quis mesmo foi influenciar o Procurador Geral da República, já que o PT fez um pedido de investigação sobre o uso irregular do aecioporto (http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/noticia/2014/08/pt-pede-para-pgr-investigar-aecio-por-uso-de-aeroportos-em-minas.html).

  8. Aécio talvez esteja confiante demais em si mesmo e no PIG, parece achar que um plano de governo é só um detalhe. As únicas proposições que ouvi dele até agora são de medidas impopulares, juros altos e contenção de salários pra baixar a inflação (como se fosse a única dimensão da economia).

    Amealha os perto de 30% dos votos anti-PT de qualquer eleição, neles já inclusos aí os economistas do Santander que sempre gostariam de juros mais altos, mesmo não podendo reclamar dos lucros, e dos empresários incomodados com o aumento real do salário mínimo. Teria esses votos mesmo se fosse um manequim de vitrine, a questão é tirar o PT, não propor alguma coisa.

    Alguém precisa dizer pra ele que 30% não ganham eleição, ele precisa dizer alguma coisa minimamente atraente pra pelo menos uma parte dos outros 70%.

  9. Eis a questão:1) Homem de visão,em 2010 fez a obra necessaria para o ano de 2150……………………(PAC)300.
    2) No momento atual, a propriedade de 30 alqueires esta sub utilizada :ATENÇÃO MST ……..pertinho da cidade.
    3)Ele diz qualquer coisa…………o çerra já esta de plantão.É questão de pouco tempo.

  10. Posso estar enganado, até porque é difícil manter algum nível de isenção, mas acho que a entrevista foi “desastrosa” para o Aécio. Não capturou um eleitor sequer que estivesse indeciso ou tendente a votar nele. É verdade que o Bonner poderia ter ido mais fundo ao explorar as suas contradições, trazendo à tona, por exemplo, as suspeitas de superfaturamento do Aeroporto de Cláudio que custou R$ 14 milhões aos cofres públicos, de que as empresas envolvidas na construção fizeram doações para a campanha de Aécio e Anastasia, lembrar que as chaves do AécioPorto ficavam de posse de seu sobrinho ou mesmo citar o Aeroporto de Montezuma, construído também com dinheiro público, perto de uma empresa da família Neves. Mas aí já seria esperar demais da Vênus Platinada(Rede Globo), que praticamente ignorou esse escândalo nessas três últimas semanas. Tem gente se dizendo “impressionada” com postura da emissora, mas essas sabatinas presidências do JN são assim mesmo. Já é uma “tradição” da Rede Globo a pelo menos três eleições. São sabidamente agressivas. Não há muitas possibilidades do candidato apresentar propostas de governo, mas apenas se defender. O candidato já pode se considerar “vitorioso” se conseguir empatar o jogo! Definitivamente, não é um desfile de “misses”! E se o cara não vier muito bem preparado vai tomar na “cabeça” mesmo. E foi o que aconteceu com o Aécio. Se ferrou! E isso porque o Minerim ainda ficou o dia inteiro “recluso”, sem compromissos externos, fazendo mídia training. Hehehe! Que a Dilma e o Eduardo Campos se preparem! Vem “chumbo grosso” aí! A campanha começou! Veja em http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/08/aecio-neves-e-entrevistado-no-jornal-nacional.html

  11. Pessoal, a questão ética e moral da construção de uma pista de pouso(aécioporto) nas terras de um tio/família não é ponto central da questão. A pergunta é: como é que se faz um uma estrada/pista de pouso de 1km por 14 milhões de reais quando o DNIT, EM SUA TABELA, mostra que são necessários 350.000,00 por 1km/construído. Como foi que este candidato/governador enterrou o restante desta grana?? Este deve ser o questionamento maior. Aqui no Ceará o governador construiu um aeroporto(Aracati) com tudo dentro por 19 milhões de reais. Com uma pista de 1.500m, terminal de passageiros, torre, todo sistema de iluminação da pista, bombeiro, estacionamento e etc. Temos que acabar com este besterol da terra do tio e sim, focar no dinheiro gasto. Sigamos o dinheiro e acharemos o ladrão.

  12. Pelo visto, o horário eleitoral vai ser na Globo.

    Com isto, ela ganha audiência e pode fazer a cabeça de qualquer um.

    Ora, para que horário eleitoral?

    A lei estará sendo totalmente desvirtuada, com o que parece, uma série de entrevistas focalizando vários temas, entre os candidatos, eis que todos terão o mesmo tempo que os demais.

    E aí o desvirtuamento da lei, pois quem possui maior tempo na TV é a Dilma, mas o Aécio terá o mesmo tempo dela no jornal nacional, que irá se transformar no palanque da próxima eleição.

    Certamente, está havendo deformação aos ditames da lei eleitoral.

  13. Fiquei impressionado com a falta de preparo de Aécio. Não tem o mínimo conteúdo, nada. Não sabe do que fala. É um zero à esquerda. A resposta sobre o Aécioporto que está localizado no “Sítio do Tucano Amarelo” foi patética. E a história do “ninguém espere no governo Aécio Neves o pacote A, o PAC disso, o PAC daquilo”, foi digna, mesmo, de um Roberto Lero. É isso que a “elite branca” quer para o País? Gostei da definição, Brito, de PAC:Pista do Aeroporto de Cláudio (rsrsrsrsrs).

  14. Os marqueteiros de Aércio deveriam proibir esse moleque de beber ou cheirar antes de uma entrevista.

  15. Diga o que disserem, mas uma coisa essa entrevista sugere: ou a entrevista com a Dilma vai ser um esquartejamento, um massacre brutal, ou o que acabamos de ver é a direita lavando as mãos com o seu inviável representante Aébreo Never.

    Com o histórico do PIG tenho convicção absoluta que veremos uma baixeza hedionda e inominável na entrevista de Dilma ao JN (basta ver a histeria megalomaníaca com o factoide do Wikipédia). Nunca, nem em mil anos, nem pela própria sobrevivência, a direita midiática brasileira vai ceder um único de milímetro. Ou o que estamos vendo é o cartel preparando o terreno para o golpe, ou só uma outra razão explica: Serra.

    Mas para mim, sem subestimar a máquina serrista, Serra é muito pouco para tanta isenção no JN… camaradas, eis o que acho: corram para as trincheiras, eis o prenúncio do golpe.

  16. Não é um aeroporto a 50 km de distância, cara pálida, mas dois: o de Oliveira (também homologado pela ANAC) esta a pouco menos de 50 km de Cláudio!

  17. “Um sitiozinho que esta na famiglia há 150 anos, com apenas 30 alqueires, onde temos umas parcas 14 cabeças de gado ….”

    Alô, Alô, MST, INCRA e Ministério da Reforma Agrária, isso é um caso típico de terras improdutivas !!!! Quanto mais o ‘FH-aéCim’ fala, mais ele se enrola. SOCORRO !!!

    “ANOS tu-KKK-ânus LEWINSKY-ânus NUNCA MAIS !!! NO PASSARÁN !! VIVA GENOÍNO !! VIVA ZÉ DIRCEU !! VIVA A LIBERDADE, A DEMOCRACIA E A LEGALIDADE !! VIVA LULA !! VIVA DILMA !! VIVA O PT !! VIVA O BRASIL SOBERANO !! LIBERDADE PARA JULIAN ASSANGE, BRADLEY MANNING E EDWARD SNOWDEN, JÁ !! FORA YOANI !! FORA DR. CRM E&MÉDICOS COXINHAS !! ABAIXO A DITADURA DO STF ‘DE 4 PARA A GLOBO’ !! ABAIXO A GRANDE MÍDIA CORPORATIVA, SEU DEUS ‘MERCADO’ & TODOS OS SEUS LACAIOS & ASSECLAS CORRUPTOS E INIMPUTÁVEIS !! CPI DA PRIVATARIA TUCANA, JÁ !! LEI DE MÍDIAS, JÁ !! ******* “O BRASIL PARA TODOS não passa no SISTEMA gloBBBo de SONEGAÇÃO – O que passa SISTEMA gloBBBo de SONEGAÇÃO é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

  18. Fernando Brito, eu tenho uma dúvida. No site do TSE, Aécio declarou possuir 88.000 cotas na rádio Arco-Íris, no valor de R$ 700.000,00. A rádio é uma concessionária de serviço público e Aécio é um senador. Isso não fere o artigo 54 da Constituição?

  19. srs do Ptralhas;

    de nada vai adiantar vcs ai fanaticos da bolsa cabo eleitoral, tentarem degenerir a pessoa de Aecio neves, digo isto poque seu partido alem de roubar escandalozamente do Brasil,é o rei das bolsas né !
    O que o seu partido tem ,mostrado ao povo brasileiro e ao mundo, é somente corrupção, roub, oassasinatos , trafico de influençias etc…. etc ….etc.
    Sera que vcs não temão se tocaram desconfiometro ?
    Sera que vcs ainda não se tocaram que o povo brasileiro esta de saco cheio de vcs !
    O melhor caminho para todos os fanatico e bolsistas do PTralhas é
    ir pra CUBA que pariu sem retorno

  20. Tenho muitos amigos em Minas Gerais. Estado lindo com mulheres mais lindas ainda. Infelizmente estou tendo o desprazer de ver o ex-governador deles e fico com pena dos meus amigos. Que cara medíocre, vocês não merecem.

    1. Sou de Santa Catarina, vc não pode fazer das suas palavras as minhas! Nosso estado politicamente esta muito mau e sem saída.Quando não está no comando a quadrilha dos Ptralhas, estão presente o s PMDBostas. Vc não me representa e tão pouco os Catarinenses.

  21. Fernando Brito, boa noite. Só agora assisti à entrevista.
    O Bonner e a Patrícia Poeta pegaram pesado! Não aliviaram!
    Vacina ou não, o comportamento dos jornalistas foi bom.
    Que venham perguntas duras para os três.

  22. Como cidadão brasileiro sinto-me envergonhado em saber que existe espaço na mídia para um aventureiro, mentiroso despudorado ser candidato a qualquer cargo eletivo.

    Por que não falaram de helicóptero, de bafômetro…..

  23. O Aécio mandou asfaltar o aeroporto de Claudio porque cada vez que ele pousava la levantava muito PÓ…..

  24. O Aéreo Neves gaba-se de que Minas é o Estado das PPPs (Parceria Público Privadas)e acho que realmente ele tem razão. Tanto é assim que a primeira PPP que ele fez foi no aeroporto de Cláudio. Neste caso, o Estado de Minas entrou com a grana, o tio com a fazenda e o primo com a chave de cadeia.

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