Apoio de Marina sinaliza a realidade: só Lula evita Bolsonaro

Bem no final da apresentação e entrevista onde Marina Silva explicitou seu apoio à candidatura de Lula, o ex-presidente falou, fora do microfone, quando perguntaram sobre o que representava a adesão da ex-ministra do Meio Ambiente à sua campanha, que isso não representava “só votos”.

De fato, e isso foi percebido por poucos, representa sobretudo um sinal para quem ainda tem resistências ao voto em Lula de que isso não pode se sobrepor ao desafio de devolver o país à prática da democracia, com divergência em lugar do voto e convívio, em lugar de confronto e morte.

Afastada do PT há 14 anos e com muitos conflitos em o partido neste período, seu apoio é um exemplo concreto de que votar em Lula não é aderir a ele e muito menos deixar de ter críticas, mas uma imposição da necessidade de derrotar Jair Bolsonaro e representa em poluição e e de tóxico para o Brasil.

Como ela própria disse que, “agora, estamos diante de um quadro que é democracia ou barbárie”.

Marina Silva sabe perfeitamente que o “voto útil” – que vitimou sua candidatura já às vésperas da eleição de 2014 e em 2018 ainda mais – resulta menos de “estratégias” políticas dos adversários do que de um movimento natural do eleitor para engajar-se naquela que considera a disputa real.

Por todos os traumas pelos quais passou, ela seria a última a apelar para isso. Mas é, com a sua decisão acima das mágoas pessoais, o maior exemplo que, diante do que estamos passando, apegar-se a elas seria medíocre, mesquinho e, sobretudo, uma deserção aos seus compromissos políticos.

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *