Ato dos “morominions’ contra Gilmar vai ter resposta do STF

Pelo twitter, as matilhas da extrema direita e seus robôs multiplicadores convocam, para amanhã, manifestações pelo impeachment de Gilmar Mendes.

Muito embora seja figura convidativa a protestos, não é ele o alvo, mas o Supremo Tribunal Federal que, na lúcida análise do cientista político Christian Lynch, da Uerj, está em processo de “dissociação definitiva” com a Lava Jato.

Como serão, ao mesmo tempo, esvaziados e radicalizados, os atos só servirão para que o Supremo reaja mais agudamente contra os abusos da máquina montada por Sérgio Moro e os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato.

E isso tem data, o dia 20, embora muitas pessoas de boa-fé esteja achando que o presidente do STF, Dias Toffoli, esteja pretendendo ter acesso aos dados do antigo Coaf, ao ponto de fazê-lo escrever, expressamente, em sua decisão, que os dados não foram e não serão acessados pelo tribunal, marcando isto até em negrito.

Por sua vez, a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), ao informar à Corte sobre a síntese de suas atividades, foi taxativa ao consignar que o acesso aos Relatórios de Inteligência Financeira (RIF), disseminados sempre e, sem exceção, por seus sistemas eletrônicos de segurança, depende de cadastro prévio das autoridades competentes. E, nesse sentido, anoto que o STF não realizou o cadastro necessário ou teve acesso aos relatórios de inteligência.

O dado essencial , com a devassa de 600 mil pessoas e empresas em três anos, o Coaf, a reboque da onda lavajatista, bisbilhotou as movimentações bancárias a um ritmo de perto de 800 indivíduos e organizações a cada dia útil.

A sessão do Supremo que todos assistirão, na quarta-feira, vai deixar isso bem claro para quem quiser ver: a associação entre a Receita e o MP para promover o estado de suspeição absoluta dos integrantes de outros poderes, a ex-titulares de cargos públicos e a expressão prática do Estado policial que se instalou no Brasil.

Há, pelo menos, duas bocas de fogo prontas a disparar neste dia: Alexandre de Moraes e Celso de Mello.

É o roteiro traçado, no qual os benefícios que o Flávio Bolsonaro funcionam como uma imobilização do Governo diante da corte.

Sergio Moro vai ter de atirar sozinho.

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