A entrevista do novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, na sexta-feira, admitindo que “em determinado momento os reajustes [do preço dos combustíveis] devem ser feitos” foi a senha para que as pressões do mercado para um novo aumento dos combustíveis seja feito, diante da alta do dólar (que roda os R$ 5,13, neste momento e a volta do barril de petróleo à casa dos 110 dólares).
“O reajuste no preço do diesel pela Petrobras nas refinarias é iminente“, crava a edição de hoje do Valor Econômico.
E, de fato, quanto mais rápido a direção da empresa fizer o aumento, mais blindada politicamente estará, porque a Jair Bolsonaro seria impossível demitir, como já fez duas vezes, o comando da empresa apenas por fazer o que ele próprio chamou de “estupro”.
A notícia é péssima para a inflação, que se conta ainda como mais baixa em maio, por conta do fim dos encargos extras nas contas de luz.
E era tão iminente que, enquanto escrevia, saiu o anúncio oficial do aumento de 8,87% do diesel nas refinarias. Por enquanto, gasolina e GLP tiveram seus preços mantidos.
Por enquanto.
Daqui a pouco, veremos Bolsonaro berrando. para ver se os caminhoneiros acreditam que ele nada tem a ver com isso.