Bolsonarista dá golpe e empurra voto impresso para agosto

As ameaças bolsonaristas de suspender as eleições presidenciais caso não seja aprovado o voto impresso ganharam uma sobrevida e vão se prolongar, no mínimo, até agosto.

Havia ampla maioria para rejeitar a proposta relatada pelo deputado Filipe Barros, que previa, simplesmente, a apuração pelo voto em papel, na própria mesa eleitoral, com um sistema eletrônico paralelo, não se sabe com que finalidade.

Na pratica, seria o retorno ao voto como era antes de 1996, com a diferença que o eleitor não teria de escrever ou marcar com “X” a sua escolha, mas digitar o número numa urna que o imprimiria e, depois, colocá-lo numa urna. Nem é preciso dizer das possibilidades de fraude e de tumulto.

Hoje, este relatório seria derrotado e por ampla margem. Na votação que decidiu pela retirada de pauta, apoiada pelo governo que se via em desvantagem, o placar foi de 22 a 12 para sepultar estam anobra.

Só que o presidente da comissão, o também bolsonarista Paulo Eduardo Martins, suspendeu a sessão sob o argumento de que Barros havia recebido e acolhido propostas -embora nenhuma tenha sido apresentada hoje – e tinha o direito regimental de ter até a próxima sessão para apresentar relatório modificado.

Ato contínuo, encerrou a sessão e mandou suspender a transmissão pela internet.

Como se dizia no meu tempo de garoto em jogos de bolinha de gude, onde o menino mais forte as pegava para si e dava o jogo por encerrado: “acabou a luz!”

Não vai servir para nada, senão para prolongar as chantagens presidenciais.

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