Bolsonaro, ao desautorizar Cide, desautoriza Guedes

O almirante Bento Albuquerque, ministro das Minas e Energia, disse hoje ao site Poder360 que “o Governo vem estudando um instrumento via tributos como forma de não submeter a economia, bem como a população, à volatilidade abrupta de preços, para mais ou para menos”.

O imposto, como ele mencionou, seria a Cide – Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico – , cujo o aumento de alíquota seria usado para compensar quedas de arrecadação provocadas por uma eventual redução do preços dos combustíveis, com a queda fortíssima do petróleo.

Supõe-se que, em condições normais, mudanças na tributação sejam discutidas com o Ministro da Economia, Paulo Guedes.

À tarde, Jair Bolsonaro, lá dos Estados Unidos, disse que “não existe possibilidade do Governo aumentar a Cide para manter os preços dos combustíveis”.

Bento Albuquerque ficou com a humilhação pública, mas quem ganhou aquele conselho que ficou famoso na boca suja do general Augusto Heleno foi Paulo Guedes.

Guedes, que sabe que os evidentes sinais de retração na economia impactam diretamente a arrecadação e, portanto, o déficit público e a nenhuma capacidade de gasto governamental.

Bolsonaro está se lixando para se seu “Posto Ipiranga” tem ou não de onde pagar as contas.

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