Bolsonaro consegue “vitória” em que todos saem perdendo

Ainda sem anúncio oficial, a notícia é que, agora, Gustavo Bebianno deixa o governo Bolsonaro.

Durante todo o dia ministros e parlamentares espalharam a notícia de que ele ficaria e que o “Pitfilho” seria amordaçado.

Saíram desmoralizados, incapazes de verem concretizados os acordos de que se vangloriavam de ter feito o presidente aceitar.

Como ficou claro também que há muito mais na história que a história dos laranjas pernambucanos de Luciano Bivar, o negócio eleitoral de Bebbiano operou.

Igualmente está patente que as várias facções do governo Bolsonaro estão unidas contra o grupo “de berço” do presidente, o seu clã familiar.

Militares, parlamentares e mídia lutaram até o fim para uma solução menos selvagem e uma amputação do poder dos filhos.

“Não rolou”.

Aliás, pouca gente sabe o que rolou, de fato.

A tal ponto que, agora, às dez da noite, O Globo e a Folha batem o martelo com a queda de Bebianno e a Globonews e o Estadão dizem que a situação é incerta.

O fato é que se foi, como esta claro que iria, senão por uma capitulação (mais) desmoralizante do ex-capitão.

Como é fato todo mundo percebe que o grau de confiança em acordos com o chefe de governo caiu vertiginosamente.

Sem que, depois de tantas idas e vindas e vacilações se tenha elevado seu grau de autoridade.

Bolsonaro conseguiu criar uma situação em que, vencendo, fez todos perderem, inclusive ele mesmo.

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