“Continência” de Bolsonaro não foi a Bolton, foi a Trump

Quem conhece um pouco das práticas militares, sabe que não se presta continência a uma pessoa, mas a um cargo, uma patente ou a um uniforme. Ou a um símbolo, como a bandeira.

E que ela parte sempre do menos graduado para o mais graduado.

Os 30 anos de afastamento do Exército certamente não fizeram Jair Bolsonaro esquecer estas regras , ao prestar  continência ao assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton. Que, por sinal, não é militar, mas diplomata.

Bolsonaro, ademais, entende tudo de simbologia de propaganda, tanto que criou, usou e abusou do gesto da “arminha” com as mãos durante e até depois da campanha. A foto do hospital, então, é um achado para o “mártir do combate”.

Conta que o gesto seja visto, entre divertido e significativo, como um aceno que Bolton levará ao chefe Trump, que talvez tenha ainda apenas na conta de “folclórico”, na mesma categoria de Rodrigo Duterte, nas Filipinas, com suas ideias sobre extermínio.

Tudo está em linha com o que escrevi no primeiro post de hoje e nada é fruto de tolice ou acaso, embora o seja de uma estupidez primária.

Se Bolsonaro espera ser erguido à condição de delegado dos EUA na América do Sul e que isso vá graduá-lo diante do mundo, receberá o inverso: em matéria de prestígio, pode tornar-se uma Filipina austral.

Ou nem isso porque, como ficou evidente na 2ª Guerra, as mais de 7 mil ilhas do arquipélago filipino ficam a algumas centenas de quilômetros dos centros de poder asiáticos, antes o Japão e agora a China.

Portanto, nem é preciso um general, feito Douglas MacArthur. Basta um Bolton. Ou nem isso.

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13 respostas

  1. Gostaria de pensar nesse ato como “vergonha alheia”, mas não é.
    Esse merda foi eleito por milhões de merdas para ser o representante máximo dessa republiqueta e o que ele fez foi um ato explícito, quase pornográfico, de subordinação e/ou submissão a outro país.
    Um ato de acovardamento dos mais nojentos de que se tem notícia.
    Sabujo traidor e lesa-pátria.
    Pergunto: Se não servem mais para defender nossa soberania, para que servem as forças armadas que apoiam esse verme?
    A mancha na reputação do Brasil não vai sair fácil e nem será esquecida. Humilhação total.
    #LulaLivre

  2. Bolsonaro e família são sujeitos irados e vingativos.
    Então há uma pergunta que não quer calar:

    – Por que Bolsonaro e família não “caíram de pau” em cima do esfaqueador, como jamais deixaram de fazer com quem tenha tão somente lhes lançado um olhar atravessado?

    O esfaqueador tem sido poupado da ira e das críticas. Tudo sobre o esfaqueador é SIlêncio. Claro! Ele é parte do plano da eleição. Foi uma espécie de CABO ELEITORAL NÚMERO 1 do Bolsonaro. O esfaquador proporcionou TUDO o que eles sonharam e que parecia impossível.

    Ele deve ser mantido em segurança. Jamais falar publicamente. Deve ser esquecido. Mas… quando tudo estiver bem calmo, poderá ser assassinado dentro do presídio por um misterioso petista que deixará sobre o cadáver uma bandeira do PT.

    1. Não houve esfaqueamento algum, mas sim um “esfakeamento”; assistam ao vídeo, façam o tratamento e melhoramento da imagem (que propositalmente, captada por alguém da meganhagem da PF que fazia a escolta armada do Bozo, é de má qualidade, distante e mal focada) e constatem que a montagem é tão ou mais grosseira que a da “bolinha de papel” na careca do tucano José Serra, em 2010. Naquele ano, peritos canalhas foram contratados a peso de ouro, para tentar emplacar a patranha, por meio da TV Globo. Mas uma equipe técnica da UFSM, analisando imagens de outras duas emissoras de televisão, fez a decomposição quadro a quadro, constatando que o “objeto contundente” nada mais era do que uma bolinha de papel; mais ainda: constatou-se que a bolinha de papel foi lançada por um integrante da campanha do tucano. NUNCA MAIS, até hoje, o PIG/PPV retomou o assunto. Com o episódio da “esfakeada” no Bozo e o suposto “louco”, “desequilibrado” esfakeador não se ouve, não se lê e não se vê mais nada na mídia golpista.

      Como não há coincidências nem vácuo na política e no poder, os leitores mais atentos e observadores podem tirar suas conclusões.

      1. Fiz o mesmo com as imagens e chamei alguns fanáticos para verem. Mas, a coisa virou religião. De qualquer sorte, nos disas subsequentes, pude demonstrar a algumas pessoas ainda sãs e outras do lado progressista todos os passos da armação grosseira. Não há necessidade de perícia para ver o teatro.

    2. Concordo em gênero, número e grau. Uma queima de arquivo necessária para o verme e sua família.
      Alguns meses pós a posse, quando ninguém estiver notando ele, sempre incomunicável, vai se enforcar numa cela em algum manicômio do qual nunca ouvimos falar.

  3. Se algum dia o visitante for o próprio Pato Donald Trump, e bem provável que o Bolsobosta ofereça a Bandeira do Brasil para ele limpar a bunda!

  4. Bolsonaro exibe com orgulho sua ignorância e crueldade astronômicas…
    Mas ele não é o perfeito representante do povo que o elegeu ? São 58 milhões de admiradores…

    OU alguém vai dizer que todo o nosso povo é sábio ?

  5. E pelo menos no que toca ao Exército Brasileiro só bate continência quem está de ‘cobertura’ (com algum tipo de chapéu militar bibico, boina, capacete etc). Estando sem a tal cobertura o gajo deve ficar em posição de sentido esperando o hino acabar, a bandeira ser baixada ou a autoridade passar por ele.Quem bate continência sem cobertura ou é um civil ridículo querendo fazer média ou um americano idem daqueles de filmes (esse era o espírito sobre o tema nos quartéis no tempo dos meus verdes 19 anos). Mas tem coisas no Bozo q a gente ainda não sabe com certeza. Como por exemplo se o q ele diz é baseado em crenças verdadeiras ou pilhas postas (afinal basta ver o novo ministro da educação para entender os produtos q saem da linha de montagem da AMAN) ou se ele espertamente elaborou um discurso q usa para ter controle sobre um certo grupo de cabeças ocas. mas o fato é q tem uma cota nos comportamentos dele q parecem ser de propósito como forma de provocação permanente. O ato de prestar continência para algo americano é tipo um cumulus nimbus para muitos de nós, é o máximo da expressão da subserviência. Mas não podemos esquecer q foi ficarmos dando eco a tudo de absurdo q ele dizia q ajudou tb a fermentá-lo. E ele conta com isso para desviar a atenção dos assuntos realmente importantes, coisa em q ele se especializou nos últimos 30 anos, desviar a atenção. É bom lembrar q aqueles mecanismos automáticos de resposta automática em favor dele em caixas de comentários continuam a atuar intensamente.

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