Cortar mais no BNDES é podar o tronco de árvore seca

O desastroso Joaquim Levy – cujo apelido de “Mãos de Tesoura” já indica como são os cortes a sua especialidade – sem que deles brote nada de vigoroso, além das promessas de que “depois vocês verão os resultados” sinaliza que os investimentos do BNDES em infraestrutura vão diminuir.

Diminuir ainda mais, frise-se, porque já caíra a quase um terço nos anos entre 2014 e 2018: R$ 88,8 bilhões para R$ 30,8 bilhões.

Uma monstruosidade num país onde a indústria de construção pesada foi levada a nocaute, pela paralisação de projetos, escassez de recursos e o desastroso impacto da Lava Jato.

Não há crédito privado viável para estradas, ferrovias, hidrelétricas, refinarias, para nada que seja essencial para logística e energia, peças chave no desenvolvimento.

Ao que consta, a “solução Levy” seria estatizar o desembolso de recursos, o risco e privatizar os rendimentos financeiros que, em tese, sustentariam a atividade do banco de fomento ao longo do tempo, vendendo os direitos creditórios do BNDES quando os empreendimentos financiados estiverem em fase de operação e gerando caixa para garantir as dívidas contraídas na sua implantação.

Para vender estes créditos, é  provável que o BNDES aceite um deságio por eles, o que significa uma transferência indireta de capital público para operadores financeiros privados.

Estamos, há cinco anos, vendo o que significa de fato o “cortar para crescer”.

Levi “Mãos de Tesoura” e os que pensam como ele fossem jardineiros, há muito estariam descardados, porque suas podas são estúpidas e só nos levam a matar o jardim, há muito tempo já seco.

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12 respostas

  1. Cenário desolador.
    Já era de se esperar, não interessa ao império uma colonia promissora.

    1. Depende. Se for uma colônia apenas produtora de matéria prima como será em breve o Brasil, onde as fontes e todos os meios de produção, bem como sua gerência, pertençam a tubarões do império, e onde os colonos nativos apenas consigam empregos de peões, então esta colônia pode ser muito promissora. Para o império.,

  2. Lembrei-me do linhão 2 de Belo Monte, que está para ser finalizado em meados deste ano. O país ainda tem algumas obras de infraestrutura rodando por causa da época do PT. À medida que acabarem, veremos o “espetáculo” do desemprego e tombo no PIB. E não vai adiantar reforma da previdência com idade mínima de 90 anos.

  3. É o retrato do desastre ultraneoliberal. Esse tipo de política não deu certo em lugar algum do mundo.

    1. E esses caras sabem disso. O porquê o fazem é que precisa ser continuamente denunciado, massivamente, sem deixar espaço de razão para eventual contraponto com que as esquerdas (e os blogs progressistas) costumam “brindar” / favorecer a direita mais escrota do mundo.

  4. a cada noticia desse naipe
    eu fico me lembrando nos que votaram no traste
    e naqueles que anularam e não votaram em ninguém

    e lamento tanta burrice
    a esmagadora maioria não faz ideia o que fizeram

  5. Muito tenho comentado sobre o ataque aos bancos públicos e ao BNDES em particular. Há por trás disso uma única razão, a de eliminar a concorrência com os bancos privados. Mas, pior do que isso é que, ao fazê-lo, irão destruir o principal, senão único em certos casos, acesso ao crédito para investimento no setor produtivo ou alguém imagina Itaú e Bradesco bancando linhas de financiamento de longo prazo?
    Levy, ao lado de seus colegas do setor financeiro não são nem burros, nem inconsequente, sabem bem o que fazem. O problema aqui é outro e a pergunta que encontra sua própria resposta é: cui bono? a quem interessa, quem se beneficia?
    É seguro que não ao setor produtivo e muito menos à sociedade, com uma ressalva. Grande corporações transnacionais ficam ao largo do efeito causado pela eliminação do crédito público para investimento e, inclusive, não esquecendo de outro alvo anunciado, do fim do crédito para o custeio e comercialização dos produtos da lavoura e pecuária. Essa corporações têm acesso direto ao crédito internacional e a instrumentos financeiros fora do alcance da maioria. As empresas nacionais e o produtor rural brasileiro, especialmente as PME’s e o agropecuarista, serão deixados à míngua, reféns de um sistema financeiro predador.
    A assimetria da concorrência das corporações com as demais empresas nacionais vai aumentar. A concentração de riqueza crescerá, as empresas nacionais irão sofrer, os preços irão subir enquanto a renda das famílias se esvairá ainda mais e o desemprego não cessará.
    Tenho dito, reiterado e incessantemente repetido à exaustão como causa assombro o fato das pessoas não darem-se conta disso tudo.
    Isso me traz à mente siris. Siris, ao serem preparados, são colocados, vivos, em uma panela com água fria que é levada ao fogo. Descansam no fundo da panela numa boa, até que a água esquenta muito e dão-se conta do risco que correm. Mas, então é tarde, não têm mais forças para sair da panela e morrem cozidos.
    O siri, bicho que sequer tem cabeça identificável, quanto mais cérebro, não deve ser dos mais inteligentes. Considerando tudo o Brasil de hoje parece ser habitado, majoritariamente, por siris.

  6. Alguém pode imaginar que existe alguma razão ou interesse econômico por tras do Golpe de Estado, para tudo o que o procedeu e para tudo o que se seguiu, mas não existe. Alguém pode dizer que essa afirmação não faz sentido porque parece evidente as razões econômicas ou os interesses das empresas e dos Estados estrangeiros relacionados ao PRÉ-SAL, ao ataque à Petrobras ou ao papel do BNDES, a PEC do teto dos gasto, a reforma trabalhista ou ainda as proposta de reforma da Previdência dos governos golpistas.
    A unica lógica que presidiu o Golpe foi a destruição do país, a destruição da sua economia, das suas instituições democráticas e, principalmente, a destruição na crença em um pais melhor, mais justo, menos desigual, menos violento.
    Alguém pode imaginar então que o Golpe de Estado, tudo o que o procedeu e tudo o que se seguiu, foi organizado “de fora” para “dentro”, pela ação dos “grupos estrangeiros”, dos “Estados Unidos”, mas também não foi. Ele é obra de “nacionais”, de “locais” que funcionam como “um exécito de ocupação” em seus próprio país. A função desse “exército” é fazer com que as coisas continuem fluindo como eternamente fluiu. Ele é a ação, ou melhor, ele é a reação de uma parte minoritária de nossa sociedade que viu ameaçada seu domínio e seu monopólio – para ela indiscutível – do poder.
    O ataque ao PRÉ-SAL, à Petrobras, ao BNDES, a PEC do teto dos gasto, a reforma trabalhista e as proposta de reforma da Previdência promovida pelos governos golpistas é uma desrazão econômica e política que no futuro será vista como o que de fato ela é, pura destruição que não se mantém e não vai manter nada de pé.

  7. Alguém pode imaginar que existe alguma razão ou interesse econômico por tras do Golpe de Estado, para tudo o que o procedeu e para tudo o que se seguiu, mas não existe. Alguém pode dizer que essa afirmação não faz sentido porque parece evidente as razões econômicas ou os interesses das empresas e dos Estados estrangeiros relacionados ao PRÉ-SAL, ao ataque à Petrobras ou ao papel do BNDES, a PEC do teto dos gasto, a reforma trabalhista ou ainda as proposta de reforma da Previdência dos governos golpistas.
    A unica lógica que presidiu o Golpe foi a destruição do país, a destruição da sua economia, das suas instituições democráticas e, principalmente, a destruição na crença em um pais melhor, mais justo, menos desigual, menos violento.
    Alguém pode imaginar então que o Golpe de Estado, tudo o que o procedeu e tudo o que se seguiu, foi organizado “de fora” para “dentro”, pela ação dos “grupos estrangeiros”, dos “Estados Unidos”, mas também não foi. Ele é obra de “nacionais”, de “locais” que funcionam como “um exécito de ocupação” em seus próprio país. A função desse “exército” é fazer com que as coisas continuem fluindo como eternamente fluiu. Ele é a ação, ou melhor, ele é a reação de uma parte minoritária de nossa sociedade que viu ameaçada seu domínio e seu monopólio – para ela indiscutível – do poder.
    O ataque ao PRÉ-SAL, à Petrobras, ao BNDES, a PEC do teto dos gasto, a reforma trabalhista e as proposta de reforma da Previdência promovida pelos governos golpistas é uma desrazão econômica e política que no futuro será vista como o que de fato ela é, pura destruição que não se mantém e não vai manter nada de pé.

    1. A destruição da Petrobrás e a entrega da Embraer, as jóias da coroa da engenhosidade, trabalho, ciência e tecnologia nacional. Destruídas e entregues a troco de nada. A não ser isso mesmo, destruição do orgulho nacional, do amor ao país, da esperança no futuro. Por fim a destruição de um país. Estamos sendo tratados como um país perdedor de uma guerra de ocupação por inimigo estrangeiro, na qual somos esmagados pela cobrança de pesadas despesas de guerras, tipo o que aconteceu com a Alemanha após a 1° guerra Mundial.

  8. Impressionante é que nos EUA o governo esta juntando várias agências de fomento e criando um banco para fazer isso mesmo que o BNDES faz. Enquanto aqui, nós no modo destruição estamos acabando com o nosso futuro. Pelo menos no passado ainda ganhavamos coisas mais úteis, palpáveis, colares, miçangas, facas e pentes, pois agora entregamos nossas matérias primas e riquezas em troca de lixo ideológico.

  9. Estes ignorantes da escola de Chicago só faltam apelar para o sobrenatural buscando fórmulas que possam servir de desvios ao anátema dos subsídios e às atividades “invasoras’ daquilo que seria destinado como sendo “sagrado” para a iniciativa privada. Sempre pensei que a Dilma tinha agido da melhor forma ao colocar o Levy na economia, para fazer alguns cortes cirúrgicos e acalmar os golpistas do mercado. Mas não, o homem é apenas um fanático privatista que não sabe fazer outra coisa senão procurar adaptar qualquer sistema aos vetustos dogmas de Chicago. . Basta ver onde ele foi trabalhar para saber o quanto estava eu estava errado, e muito mais errada estava a Dilma. Seu governo estava infiltrado em várias frentes, seus conselheiros trabalhavam para o inimigo, a pressão da mídia foi demais, e ela ingenuamente acreditou em gente como o Levy.

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