Defesa diz que nunca se quis a verdade, mas só a condenação de Lula

Assinada pelos advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, a defesa de Lula publicou, hoje, uma nota em que diz que “jamais houve intenção de apurar a verdade dos fatos, mas apenas a de impor a Lula uma condenação sem qualquer prova de culpa e desprezando as provas de inocência” no processo em que Sérgio Moro o condenou por conta de um apartamento que nunca pertenceu ao ex-presidente.

Zanin e Martins dizem que, alertados pela imprensa que havia pressões por um depoimento de Leo Pinheiro em que este modificasse sua versão, para tentar incriminar Lula, pediram providências a Sérgio Moro, que as ignorou.

Leia o texto:

A reportagem publicada hoje (30/06) pelo jornal Folha de S.Paulo (“Lava Jato via com descrédito empreiteiro que acusou Lula”) reforça a forma ilegítima e ilegal como foi construída a condenação do ex-presidente Lula no chamado caso do “triplex”. Conforme histórico do caso, Leo Pinheiro, que ao longo do processo nunca havia incriminado Lula, foi pressionado e repentinamente alterou sua posição anterior em troca de benefícios negociados com procuradores de Curitiba, obtendo a redução substancial de sua pena.

Em 16/06/2016 e em 14/04/2017 apresentamos Notícia de Fato à Procuradoria Geral da República pedindo que fossem devidamente apuradas informações divulgadas pela imprensa, dando conhecimento de que Leo Pinheiro estaria sendo forçado a incluir artificialmente o nome do ex-presidente Lula no seu acordo de delação. Tais procedimentos, no entanto, foram sumariamente arquivados.

Também alertamos no início do depoimento de Leo Pinheiro, com base em reportagem da própria Folha de S. Paulo e do Valor Econômico publicadas naquela data (23/04/2017), que estava em curso uma negociação com procuradores da Curitiba sobre a versão que seria apresentada por Leo Pinheiro naquela ocasião. Com base nesses fatos, pedimos a suspensão do depoimento naquele momento, diante do prejuízo imposto à defesa de Lula — pois enquanto a acusação estava conversando com o ex-executivo sobre premiação para que ele incriminasse Lula, a defesa sequer tinha conhecimento da sua real situação jurídica. O pedido da defesa, porém, foi negado pelo ex-juiz Sergio Moro, permitindo que Leo Pinheiro pudesse prestar depoimento naquela situação.

Tais elementos mostram que jamais houve intenção de apurar a verdade dos fatos, mas apenas a de impor a Lula uma condenação sem qualquer prova de culpa e desprezando as provas de inocência que apresentamos durante o processo.

As novas revelações se somam a tantas outras que mostram a necessidade de ser anulado todo o processo e a condenação imposta a Lula, com o restabelecimento de sua liberdade plena.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

6 respostas

  1. Isto já virou uma ópera bufa e o ministro maestro já deveria ter sido retirado do espetáculo, as cortinas já deveriam ser abaixadas e a personagem principal liberada deste teatro de horror dantesco.

  2. Pedir a esse Sergio Moro para agir com justiça é mais ou menos parecido como pedir paz para bandido. Inútil.

  3. Essa turma pustulenta da lava jato deve ser expulsa a bem do servico publico e proibida de ocupar qualquer cargo publico a nivel federal, estadual e municipal sob pena de contaminacao aa reparticao que venha a trabalhar.Tambem nao deve ser aposentado.Deve ir trabalhar na empresa privada ou por conta propria ate completar o tempo de aposentadoria,embora acho que o melhor para o pais seja prender todos eles imediatamente. Eles e todos devem saber que ” a verdade submerge mas nao morre afogada” .esses caras acabaram desagregando a familia de LULA, levando-a a passar privacoes e vergonha, alem de destruirem a enonomia e as instituicoes do Brasil.

  4. Uma matéria no el país, data de hoje torna cada vez mais difícil a tese que associa a hackers as conversas. Uma procuradora escreveu ainda boa ano passado um artigo, no qual denuncia a interferência da polícia na LJ

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *