Déficit público irá perto de R$ 1 tri no ano: R$ 417 bi até junho

O resultado do Tesouro Nacional é uma janela para o inferno.

Considere que os efeitos fiscais da pandemia só começaram em abril, pois março – parcialmente atingido – já tinha boa parte dos negócios contratados e gerando imposto.

Em três meses – abril, maio e junho – levaram o déficit no semestre chegou a R$ 417 bilhões, resultado de uma perda de 16,5% na receita (em junho, 30%), que caiu R$ 108 bi e a uma elevação de 44% nas despesas, que aumentaram quase R$ 300 bilhões, na comparação com os seis primeiros meses de 2019.

Destes, auxílio-emergencial e aportes aos contratos de trabalho reduzido somaram R$ 135 bilhões e R$ 19 bilhões, respectivamente e chama a atenção a queda nas receitas previdenciárias, que caíram perto de 15%, resultado provável da queda no nível de emprego.

Não há qualquer sinal de que julho vá ver diferente de junho, o que levará, mês que vem, a um déficit acumulado acima dos R$ 550 bilhões, que era o previsto para o ano inteiro, em março, pelo ex-homem forte de Paulo Guedes, o então o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.

 

 

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2 respostas

  1. Se tivéssemos um governo sério , um governo que o povo confiasse, tenho certeza que aumentar algum imposto seria razoável devido a Pandemia, mas um governo que não merece crédito nenhum, o povo não aceita pagar mais tributos.
    Aumentar impostos para manter este tanto de parasitas, não dá né!!!

  2. Olhando o gráfico com aquele olhar ingênuo de um menino de dez anos diria que até 2015 tínhamos um governo terrivelmente “neoliberal” a produzir superávits primário e “austeriscidio” e que depois desta data entrou um governo terrivelmente “populista e gastador”. Que ironia não? No governo “neoliberal” de Dilma o desemprego era muito baixo, sem reformas trabalhistas ou precarização do mercado de trabalho, e o déficit da previdência manteve-se em níveis bastante controlados, mesmo sem nenhuma reforma radical da previdência. Já nos governos “populista e gastador” de Temer e Bolsonaro os déficits fiscal e previdenciário são bastante maiores do que daqueles produzidos pelos governos “neoliberais” petista, apesar das reformas “neoliberais” trabalhistas e da previdência dos governos “populistas e gastadores”. Entendeu? Não? Nem eu! Segundo os meninos e meninas da Faria Lima e seus chefes foi tudo sorte! Os petistas fazem tudo errado mas, como tem uma sorte enorme, dá tudo certo, já os governos “tucanos e associados” fazem tudo certo (“reformas” e outras “artes ocultas”), mas por um terrível e inexplicável azar, dá tudo errado . Entendeu? Não? Nem eu! Esse é o tipo de “sabedoria (sic) convencional” que nossa imprensa especializada (em divulgar as besteiras dos meninos, meninas e chefes da Faria Lima, em enganar e se auto enganar) ensina ao distinto público há pelo menos 30 anos e estes, mesmo sem entender, e diante de sinais de inteligência tão impressionantes, vêm por bem repetir esses mesmos mantras para não parecer burro, mesmo que a realidade desconheça ou ignore essa genial “sabedoria”. Se você não entendeu nada, já é algum sinal de sanidade. Enteeeede!?

    p.s.: Sugiro a quem não entendeu nada do que eu disse a assistir a entrevista de João Sicsu a André Barrocal ou qualquer entrevista de Luciano Coutinho para saber que ainda é possível falar de economia sem aquele clima de instituto Charcot!

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