Fim de ano sem emprego, sem auxílio e de preços altos

A sexta-feira é de péssimos indicadores para a economia.

O desemprego recorde de 14% indicado hoje pela Pnad Covid do IBGE, relativa a setembro, ainda tem o que subir, porque se refere apenas aos que buscaram emprego nos 30 dias anteriores – que somam 13,5 milhões de pessoas – e não aos que, sem trabalho, não o procuraram por conta da pandemia e, sobretudo, por considerarem que não há oferta de empregos.

O IPCA-15 de 0,94% em outubro, mais que dobrando o índice do mês anterior indica que a inflação oficial do mês deve ficar bem perto disso, pois não houve alívio nas pressões cambiais. O acumulado em 12 meses deve chegar a 4% no mês de novembro ( está agora em 3,52%) e baixar apenas um pouco em dezembro, mas pelo efeito pontual da saída da explosão dos preços da carne registrado em dezembro de 2019.

Isso se reflete diretamente na indexação de gastos públicos, pela vinculação ao salário mínimo.

Houve outros números ruins: os juros futuros subiram, a confiança do consumidor, medida pela Fundação Getúlio Vargas, caiu e segue o impasse sobre uma eventual continuidade, aidna que parcial, do auxílio emergencial que responde por boa parte do funcionamento de nossa economia na ponta do consumo.

E há aquilo sobre o qual não temos nenhum controla, mas muitos medos: o impacto econômico das eleições norte-americanos e a possibilidade de um novo lockdowm numa Europa devastada pelo registro de mais de 100 mil novos casos por dia de Covid-19 e se aproximando, outra vez, de 2 mil mortes diárias.

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