Há uma emergência nacional: termos um governo

As capas dos jornais de hoje, registrando em gráficos dramáticos as 2.349 mortes anotadas ontem pelo consórcio de veículos de imprensa (2.286, na contagem das Secretarias de Saúde) são apenas parte dos sinais de total perda de controle da situação do país.

Há muitos outros.

A quase totalidade dos Estados tem suas instalações clínicas e de cuidados intensivos com capacidade esgotada e o general da Saúde, Eduardo Pazuello, diz que o sistema hospitalar não está e nem vai entrar em colapso.

O filho do presidente e por isso integrante da comitiva que foi buscar o milagroso spray nasal e em Israel, grava live mandando as pesoas “enfiarem no rabo” as máscaras de proteção.

Os comerciantes – que deveriam estar recebendo financiamentos e dilatação de prazos em seus compromissos de impostos, fornecedores e custos, como aluguéis – estão gritando pelo fim das poucas medidas restritivas.

Ônibus e trens, porque não se interrompe as atividades econômicas, seguem lotados e disseminando o vírus, quando o mais primário conclui que está ali o mais forte rompimento do isolamento social.

Governadores e prefeitos, atemorizados pelo clima de terror econômico disseminado pelo presidente e pela apreensão popular com a inflação crescente, evitam cumprir sozinhos o que é uma necessidade nacional.

Nos dois outros poderes da República, Legislativo e Judiciário, seus chefes, comprometidos com Bolsonaro,fogem de iniciativas mais agudas.

O país está pior do que a céfalo, está seguindo a cabeça ensandecida de um homem que não tem condições de governar.

O discurso de Lula,ontem, não repercutiu tanto por conta de “lulismo”, mas pela visão de que alguém poderiaestar dirigindo o país.

 

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