Inflação do atacado continua subindo

A Fundação Getúlio Vargas divulgou o IGP-10, que mede a variação de preços entre os dias 11 de agosto e 10 de setembro, e o resultado não é nada animador.

O Índice Geral de Preços subiu para 4,34% em setembro, ante taxa de 2,53% em período igual, um mês antes.

Como os preços ao consumidor pouco variaram de taxa, a pressão dos aumentos dos preços, porque o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o preço de insumos e matérias primas, subiu de 3,38% em agosto para 5,99% em setembro e já acumulam alta de quase 20% (19,53%) em 2020.

Não é à toa que pesquisa divulgada ontem pelo IBGE aponta que 47,6% das empresas pesquisadas informam problemas de preço e disponibilidade para obter insumos, matérias primas ou mercadorias.

É claro que a queda da demanda tende a impedir repasses das indústrias para o consumidor, mas isso não é “eterno” e, pontualmente, começarão repasses.

O preço dos alimentos, embora seja o mais grave e sensível para a população, não é o que terá problemas mais graves, porque alguma flexibilidade nos itens adquiridos ainda permite alguma flexibilidade.

Mas os aumentos no minério de ferro (16,01%), soja (13,47%) e milho (15,20%) – tudo isso só este mês – acabarão sendo repassados para os produtos duráveis, que empregam aço em sua produção, e para os preços das carnes, naquilo que integra as rações animais.

Portanto, o problema não é só no arroz, talquei?

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