Menos R$ 8 no salário mínimo: começamos a nos libertar do socialismo!

As contas estavam feitas no Orçamento  e, por uma destas artes estatísticas que só acontecem no papel e não nas prateleiras dos mercados, a inflação ficou “um tiquinho” abaixo do previsto, ainda mais porque o IBGE não deve andar comprando tomates, como no tempo da Dilma, porque o preço está de Ana Maria Braga fazer deles colar, outra vez.

Então, por conta disso, o governo Jair Bolsonaro pegou com firmeza a batata quente que Temer evitou fazer nos dias finais do governo e cortou R$ 8 do valor de R$ 1006 previsto para o salário mínimo.

R$ 998 é o que o felizardo vai receber agora que estamos nos libertando do socialismo.

Parece bobagem, mas é só mesquinharia e crueldade.

Dois quilos a menos de feijão, uns três ou quase quatro de arroz, comprando na promoção, uns 800 gramas de músculo para a sopa das crianças, se o preço dos legumes deixar que se faça sopa.

Nada, não é?

Muito, esclarece o Valor: R$ 2,4 bilhões a menos no déficit público, para sobrar dinheiro para demonstrações de austeridade como a de ontem, dia no qual só se viu menos carros novos – antigo, só o Rolls Royce – do que nos pátios das montadoras e num aparato de segurança jamais visto nunca antes na história deste país.

Ah, sim, mas o decreto deve ter sido assinado com uma caneta Bic, como os atos de posse.

No atacado, dá para comprar dez unidades, o que é tinta que não se acaba para escrever uma história de iniquidade.

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15 respostas

  1. de 8 e 10, aos poucos eles vão achatando o SM de novo

    se for avaliar todos os descontos de Temer e agora do Traste, já faz uma grande diferença

    1. Fato.

      Que nem no tempo da ditadura, em que o poder de compra do salário mínimo desabou ao longo de uns quinze anos.

      1. pois é

        é aquela situação do sapo que dentro de uma panela, não percebe que está esquentando por ser aos poucos, e acaba cozido

  2. Lembrando….que atacam a previdência, rebaixam o salário mínimo, ao mesmo tempo que perdoam dívidas e impostos de empresas que podem pagar, e aumentam os privilégios de castas as quais sabemos quem são…. Parabéns PATOS.

  3. Vai continuar o trabalho de Temer. E a mídia está adorando junto com o mercado. E os jornalistas, agora, irão conhecer a verdade de seus patrões. Quem quiser continuar com o emprego terá se enquadrar.

  4. Os empresários adoraram. Tão imbecis e ignorantes que não entendem que menos dinheiro na economia é um tiro no próprio pé, já que vendem menos produto e menos serviços.
    Mais probabilidade de irem à falência…

    1. Henry Ford (que não era comunista ) dizia que não dava para comprar automóveis com salários de bicicletas. Baixos salários e empregos precários são sinônimos de demanda anêmica.Não compram bens industrializados de maior valor agregado.Sem demanda suficiente o país se desindustrializa, pois sem mercado interno a indústria nacional vai ter que disputar compradores com os tubarões chineses, americanos e europeus……E países que se desindustrializaram, se transformaram em reles colônias agrícolas (geralmente exportadoras de produtos primários e gente miserável). Ironicamente, nesses casos, a primeira classe social a desaparecer é a classe média (tragada pela pobreza e pela falta de oportunidades).

  5. A ideologia e as metas do bolsonarismo estão aos poucos se revelando.

    Quando o Chefão diz que vai acabar com o socialismo no Brasil, ninguém se iluda, achando que isso não faz sentido. É cada vez mais claro que o novo regime pretende acabar com o ensino público, com a saúde pública e com tudo o mais que seja público, inclusive o direito à justiça, porque tudo isso configura o demônio do socialismo que sua ideologia pretende lançar na fogueira. Para começar, eles pretendem acabar com o ensino universitário gratuito:

    O Superministro dos Assuntos Econômicos já disse em público que concordava com o pensamento de seu Chefão, de que “filho de pobre não deve ter acesso ao ensino universitário, porque não tem dinheiro para pagá-lo”. Então, está claro que será extinto o ensino universitário gratuito.

    Este mesmo pensamento poderá ser facilmente estendido à saúde pública e a tudo o mais que seja público. Se pobre não tem dinheiro, não pode ter acesso a nada.

    Esta ideologia não reconhece o direito à naturalidade. Não existem pobres brasileiros, não se pode ajudar os brasileiros a deixarem de ser pobres, porque pobreza é, para este regime e para o capitalismo global, uma categoria universal sem direito a Pátria. A Pátria é um patrimônio das elites.

    O ensino secundário se resumirá ao treinamento de bons operários para o sistema produtivo, operários sem qualquer educação
    política que os possa habilitar a fazer greves, por exemplo. E bons soldados, que também não podem sequer pensar em política. A Religião Bolsonariana ajudará muito na conformação de todos, sem qualquer traço de revolta. E não haverá ensino secundário para todos, mas apenas para a quantidade de vagas de trabalho. O resto, quem não pôde ser selecionado e estudar no Secundário dos Pobres, que se junte aos danados do lumpen-proletariado, esta sub-classe que incha e desincha, mas nunca desaparece.

    O ensino público básico, que dizem que será priorizado, resumir-se-á à preparação dos pobres para a obediência absoluta, e à seleção de alguns filhos dos pobres para o treinamento como futuros serviçais da elite e alta classe média, como bons marceneiros, bons encanadores, boas cozinheiras, boas babás e boas arrumadeiras, todos sabendo qual é seu papel social e nunca tentando ter igualdade de direitos com as classes superiores. Só para ter uma ideia do que nos espera, a Coreia do Sul, que foi um país muito subdesenvolvido até os anos 70, entrou para o primeiro mundo desenvolvido justamente por ter apostado todas as suas fichas no ensino público e gratuito de alta qualidade, em todos os níveis.

    Quem não tiver a sorte de ser selecionado, desde muito cedo ficará ao “Deus dará” para tentar sobreviver sozinho e desarmado ao
    descarte cruel da indiferença humana.

    Tudo isso se parece muitíssimo com o Brasil da Velha República, não há ninguém no mundo que possa negar isso.

  6. Que jornalistas e blogueiros tenham saúde e coragem para não se dar um minuto de “paz” a esse desgoverno.

  7. Você está enganado, Brito: os R$ 2,4 bilhões retirados do salário mínimo são a contribuição de uns 30 milhões de brasileiros pobres para o “pequeno reajuste” de 17 porcento nos “miseráveis” salários do judiciário. Só um bozo mesmo para explicar isso…

  8. Eu sempre dizia que o namoro dos idiotas com Bolsolixo iria durar uns seis meses , agora acho que não chega no carnaval.

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