Nova suspeita complica situação de indicados para a Petrobras

A colunista Malu Gaspar, de O Globo, não apenas confirma a possibilidade de que o presidente indicado da Petrobras, Adriano Pires, pode seguir os passos do também indicado para a presidência do Conselho de Administração da empresa, Luiz Rodolfo Landim, e ser levado a desistir da nomeação já encaminhada por Jair Bolsonaro, como vai adiante nas suspeitas:

A razão pela qual ele [Landim] sairá do posto é a mesma pela qual o executivo indicado para presidir a empresa, Adriano Pires, já cogita desistir também: os conflitos de interesse provocados pela ligação de décadas com o empresário Carlos Suarez, sócio de oito distribuidoras de gás no Brasil.
Landim é amigo de décadas de Suarez e chegou a ser inclusive investigado pelo Ministério Público Federal brasileiro em razão de repasses de recursos feitos a contas de Suarez na Suíça, descobertos pelo Ministério Público local na época da Lava Jato.
Já Pires, que nos últimos dias tem sido pressionado a revelar os clientes para quem presta serviço em sua consultoria, trabalha não apenas para a associação do setor, a Abegás, mas também para os negócios de Suarez e para a Compass, distribuidora do empresário Rubens Ometto.
Embora Pires argumente não dar declarações à imprensa por estar em período de silêncio, todo o mercado sabe (e ele mesmo não esconde) para quem ele trabalhou nos últimos anos.

Suarez tem pelo menos um interesse evidente na gestão da Petrobras: o acordo entre a distribuidora Cigas, do Amazonas, e a própria Petrobras que, segundo a colunista, fica na casa de bilhões de reais. O empresário há anos é alvo de comentários há anos (foi diretor da Odebrecht, fundador da OAS e tinha sociedade com a Petrobras em pelo menos seis distribuidoras de gás, entre elas a amazonense).

A coisa está só começando.

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