O ‘Filho 01’ e o enterro de Guedes

A entrevista de Flávio Bolsonaro sugerindo que Paulo Guedes não continuaria no governo na hipótese de Jair Bolsonaro vencer as eleições presidenciais é mais um momento memorável do cinismo do filho “rachador” do atual presidente.

Guedes já não passa de um escriturário das contas governamentais, cujas movimentações alucinadas são ordenadas pelo “capitão” e pelo “coronel” do Centrão, Ciro Nogueira.

Dizer que ele “está cansado”, depois das sucessivas desmoralizações que lhe foram impostas pelo próprio presidente, e que “depende da disposição dele” continuar depois de 22, soa como um deboche.

O próprio Guedes, há dias, disse ao Estadão que sua biografia “está arruinada” e que espera ser julgado ‘pela história, não por um bando de medíocres, despreparados.’

O fato é que Paulo Guedes é bananeira que já deu cacho a Bolsonaro e é incapaz de gerar qualquer reorientação na economia, embora possa ser deixado a murchar enquanto o Tesouro público é malbaratado em uma aventura eleitoral que, por todos os sinais, parece fadada ao fracasso.

A única dúvida que se tem em relação a Paulo Guedes é se a sua submissão rastejante aos delírios presidenciais será o suficiente para mantê-lo no cargo que apenas formalmente ocupa, depenado de poderes e abandonado por seus auxiliares que, um a um, mostraram ter ao menos resquícios de coluna vertebral.

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