O golpe sumiu com o risco do “apagão”?

amorimluz

No artigo que escreveu sobre a privatização da Eletrobras, a presidente deposta Dilma Rousseff fala em riscos de “apagão”.

Estranho, não é?

Pois não era no governo dela, sobretudo nos anos de 2014 e de 2015 que se falava que o Brasil estava sob risco de apagão?

E agora, praticamente não se fala nisso, exceto por uma pequena notinha ou outra?

Aos números, para ver se Dilma está enxergando chifre em cabeça de cavalo, já que a nossa mui digna e sábia imprensa não fala disso.

Em 21 de agosto de 2015, uma sexta-feira (dias úteis apresentam consumo maior), o Brasil tinha uma reserva hídrica para geração de energia equivalente a 109.828 megawatt/mês , diante de uma capacidade total de armazenamento de 291 mil MW/mês. Tinha, portanto, 37,63% de suas reservas máximas.

Ontem, esta percentagem baixava a 34,3%, com 96.948 MW equivalentes em água acumulada nos reservatórios.

Em todas as regiões, o nível é pior: no Sul, em 2017,  60,6% contra 83,2% em 2015; no Norte,  54,5% agora contra  68,7%. E no Sudeste e Nordeste, que respondem por 5/6 de toda a capacidade geradora nacional, respectivamente, 34,2% e 13,5% agora contra 35,4 e 20 dois anos atrás.

A situação só não está pior porque a demanda – a carga de consumo – caiu com a crise: de 61 MW médios para 60,3 MWm, com uma pequena importação de energia para compensar.

Quer dizer que vamos ter apagão?

Não, é claro, porque só um irresponsável “adivinha” quando chegarão as chuvas.

Mas significa que teremos energia elétrica mais cara, sem nenhuma dúvida, por pelo menos quatro meses, por conta do custo das usinas térmicas, que naquele dia de 2015, respondiam por 20,4% da demanda e ontem por 24,4%.

E situações dramáticas em muitas regiões do Nordeste, pois estão sendo ordenadas vazões que o reservatório mais importante da região – Sobradinho – não tem condições de sustentar, reduzido como está a com 8,3% de sua capacidade, o que já compromete a captação de água para a irrigação da agricultura.

A diferença entre a situação energética de então e a de agora está em apenas uma coisa: a imprensa.

 

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9 respostas

  1. Para os “cabeca de vento”:

    “JB publica vídeo da BBC de Londres sobre o plano da União europeia para armazenar vento em cavernas. Segundo o vídeo, a energia natural é fácil de se obter quando há uma frequência de vento, mas para lugares onde não há vento, a saída é a estocagem.”
    (…)

    https://youtu.be/1NSZjBAJudo

    http://m.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2015/10/19/estocar-vento-e-possivel-e-viavel-economicamente/

    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/41934/dilma+esta+errada+por+querer+estocar+vento+para+cientistas+britanicos+nao.shtml

  2. Ivan e Rosa aí em cima. Vocês precisam se instruir. Aceitem uma ajuda: entrem no google sob as palavras chaves wind stock e vocês vão ver que estocar vento é uma tecnologia nova, factível e fácil (de compreender, inclusive) que pode sim ser muito útil. A Dilma tinha razão. A privatização do sistema elétrico vai acabar com a diversificação dos meios que o Brasil utilizava colocando o país como tendo a maior diversidade de opções energéticas do mundo. A compulsão de falar mal do pt, do Lula e da Dilma coloca viseiras nos lados dos olhos emburrecendo as pessoas e impedindo que elas olhem um problema que é de todos, uma questão nacional. Na Argentina a privatização foi feita e a conta da luz chegou a aumentar 800%.

  3. O Mercado tem que ficar eufórico mesmo com a privatização de Eletrobrás, vai pagar R$20 bilhões por algo que vale R$400 bilhões…

    (…)

    “A avaliação de R$ 20 bilhões equivale a menos da metade de uma usina como Belo Monte. A Eletrobrás tem 47 usinas hidroelétricas, 114 térmicas e 69 eólicas, com capacidade de 47.000 MW, o que a faz provavelmente a maior geradora de energia elétrica do planeta. É uma empresa tão estratégica quanto a Petrobras.”

    A Eletrobras está sendo contruída desde 1953 e exigiu investimentos calculados em R$ 400 bilhões do povo brasileiro. Além da capacidade geradora, que equivale a meia Itaiupu, a Eletrobras controla linhas de transmissão, seis distribuidoras e a Eletronuclear, empresa estratégica que detém as únicas usinas nucleares brasileiras.”

    http://jornalggn.com.br/noticia/a-aberracao-da-venda-da-eletrobras-por-luis-nassif

  4. E os nossos militares não estão acompanhando esse desmonte do patrimonio nacional? A defesa desse patrimônio não está sob responsabilidade constitucional das forças armadas brasileiras? A sociedade armou os militares para defender o solo pátrio ou seja tudo que nele existir.E as usinas que produzem energia faz parte do solo da pátria.Mexem-se, não precisam se apossar ou intervir do governo/poder, apenas, defendam o patrimônio do povo, façam jus aos recursos que o povo produz para sua manutenção e preservação, o que já é suficiente.

    1. As forças armadas são comandadas por agentes da maçonaria, oficiais que fazem juramento de mortes para os “irmãos” judeus sionistas maçons.
      A maçonaria brasileira recebe “ordens” da maçonaria Inglesa que controla a CIA, por isso o maçon Moro ama ir a NY receber ordens da CIA para destruir Lula e o PT.
      Por isso os gagsters do partido Maconico PSDB são intocaveis.

  5. Se a Eletrobras for vendida , é lógico que vão ou poderão haver apagões, pois os donos da NOSSA energia não seremos mais NÓS .
    Tá 100% certa a Dilma e os especialistas em energia que consideram a venda como ato de LESA PÁTRIA.

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