O ‘miserê’ do MP, a ‘vergonha’ do Heleno e a miséria dos brasileiros

O promotor de Minas que disse estar no “miserê” ganhando 24 mil reais líquidos (quando não tem, como quase sempre, ‘penduricalhos’ agregados) e o general do GSI, Augusto Heleno, que disse ter vergonha dos R$ 19 mil líquidos de sua aposentadoria, deveriam dar uma olhadinha na tabela aí de cima, publicada hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, um órgão do próprio governo.

Nada menos que 52% das famílias brasileira vivem com menos de R$ 1.638,70 por mês. Renda familiar, soma de todos os rendimentos de seus integrantes. Na proporção da população, isso dá perto de 110 milhões de brasileiros vivendo – melhor, sobrevivendo – com pouco mais de 13 reais por dia, no caso de famílias com quatro pessoas.

Na outra ponta da escala, com renda familiar acima de R$ 16.391, minguados 2,1% das famílias, ou 4,3 milhões de brasileiros.

Ruim? Calma, porque está piorando. Diz a apresentação da pesquisa da seção de Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura do Ipea:

“Enquanto as famílias de renda muito baixa registram um recuo de 1,4% nos seus rendimentos médios reais no 2º trimestre de 2019, o segmento mais rico da população aponta uma alta salarial de 1,5%, o que evidencia o aumento da desigualdade.”

Desigualdade que já é imensa, porque a média de rendimentos das famílias de renda baixa é 30,1 vezes menos que a média das de renda mais alta (que é semelhante ao “miserê” do procurador). Quer dizer: o doutor pode gastar em um único dia o que a média dos mais pobres tem para gastar num mês.

E olha que estes 110 milhões de brasileiros nem podem tomar o ansiolítico que o doutor usa para suportar o “miserê” que diz suportar. O dinheiro só dá, excelência, e quando dá, para uma pinguinha daquelas que matou o guarda.

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11 respostas

  1. As falas desse procurador e do general são um acinte em um país como o nosso. A concentração de renda aumenta e por consequência a desgraça social, mas a pequena elite ainda reclama. Não sei do quê!!

  2. Eu, minha sobrinha o esposo dela e meu outro sobrinho fazemaos parte dos que nao tem renda nem esperança..estamos desempregados faz um bom tempo, ou seja, meses desempregados. Se não fosse a aposentadoria dos nossos pais estariamos perdidos e passando fome.

  3. Decimo terceiro salário e tem gente que recebe três vezes ! É uma casta de ricos do funcionalismo federal tem essa graça todos messes ! Nunca andou a pé na rua onde mora ! Aliás deve morar nesses condomínios de alto padrão AAA ! O resto dos brasileiros são os que acredita que pode mudar tudo isso ! Uns acreditou e foi enganado ! Esse é o Brasil do Queiroz e do Aecim do pó , dos milicianos amigos da família bostanaro !

  4. São os mesmos canalhas de sempre, miseráveis de alma e passageiros da primeira classe da barca do inferno.

  5. Gal. Heleno e vergonha são duas palavras que não combinam. Seu lider bate continênvia para bandeira americana. quer mais? Um dijeiyo irrisório.

  6. “110 milhões de brasileiros vivendo – melhor, sobrevivendo – com pouco
    mais de 13 reais por dia, no caso de famílias com quatro pessoas”

    Justamente a faixa do eleitorado do Lula, que migrou para o Bozo.

    Taí a fraude das eleições

  7. É revoltante sim, mas não basta criticar a espuma, é preciso entender o porque das coisas. O judiciário e seus anexos foram cooptados pelos governos de direita (e os governos do pt ficaram na janela vendo a banda passar), para autenticar com o peso de seu selo o golpe e toda sorte de corrupção e desmandos da atual fase política que o Brasil está passando. Juízes, promotores, desembargadores, delegados e até mesmo os militares estão entregando a mercadoria. Isto não se resolve com escandalização dos pudores que tornam as faces rosas porque os detentores de altos salários e privilégios são inatingíveis pela crítica e indignação. É um foda-se geral para o povo… e o povo deveria saber o que deve ser feito. 1789 neles!

  8. Eu estou começando a ficar depressivo. Eu não acredito em mais nada. Desde 2015 é derrotas ao povo brasileiro. Eu estou triste, sem esperanças. Estou de saco cheio de tudo…

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