Bolsonaro aposta, de novo, em ser “lobo solitário”?

Denise Rothemburg, no Correio Braziliense, fala que 18 deputados estariam pretendendo deixar o PSL de Jair Bolsonaro.

O rompimento com o governador do Rio, Wilson Witzel, foi pessoalmente comandado pelo filho Flávio Bolsonaro, mesmo sabendo que a BIC estadual vai tirar do partido alguns de seus mandatos.

Em São Paulo, chamar João Dória de “ejaculação precoce” não foi, certamente, uma maneira de manter o governador próximo.

O que pretende Jair Bolsonaro com uma estratégia de distanciar-se dos políticos com poder?

Ainda é muito cedo para responder, mas a politica de “não-alianças” do ex-capitão dá muitas pistas de que, outra vez, ele pretende cultivar a figura do “lobo solitário”, do antipolítico, a quem os políticos “não deixam governar”.

Pode parecer delírio a conclamação de Olavo de Carvalho a que se organize uma “militância bolsonarista”, onde não importem ideias mas o apoio incondicional ao “chefe”.

É possível que, outra vez, saber que controla a força – as policiais e as Armadas – dê a ele a segurança de que é inatingível e que, portanto, pode desprezar o suporte político das instituições civis. Até que ponto, seria especulação supor.

Bolsonaro ascendeu sendo o desprezado, o hostilizado, o “contramão”, o incorreto.

Não se descarte que queira, até, o repúdio internacional, pois conduz a representação externa do Brasil no caminho de choques e exclusões, ao ponto que é “pule de dez” antecipar que acabaremos recebendo criticas diretas dos organismos internacionais, como a ONU.

Rende-lhe mais o falso patriotismo do “o Brasil é nosso e a gente faz o que quiser” com a impossível posição de ser um chefe de Estado respeitado e admirado.

Do ponto de vista eleitoral, parece fazer nenhuma questão de eleger prefeitos nas capitais e sabe que, ao menos nas maiores, os candidatos dos governadores terão de implorar seu apoio, ao menos no segundo turno.

Atentem para o fato que ser tosco não faz de Bolsonaro um burro. Tanto que levou de roldão toda a direita atrás de si em outubro passado.

 

 

 

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16 respostas

  1. A serpente está ativa e vai engolir seus criadores. Para combatê-la somente a jararaca. Lula Livre já.

  2. se não é burro porque levou toda a direita de roldão, só há uma explicação para o fato: tinha razão quem concluiu que gente de direita é mesmo imbecil, mais burro que a besta desgovernante.

  3. Discordo mais uma vez do pensamento de que o sujeito imbecil do Planalto seja algo mais do que um perfeito idiota.
    Ele é um demente,e por enquanto está sustentado pela mídia canalha ,os entreguistas de farda,os togados delinquentes e o “mercado” porque ainda lhe serve.Quando estes atores (e nem sequer a sua totalidade) resolverem dar as costas quando não tiver mais serventía para seus propósitos (ou estes já tiverem sido concluídos) acabará e será atirado aos leões.
    Culturalmente é um idiota nascido da escola militar (formadora de imbecis),politicamente sempre foi o babaca de quem todo mundo ría na Câmara pelas bobagens por ele proferidas .
    Ele é só uma amostra dos tempos atuais em que como diría Nelson Rodrigues “os idiotas perderam a vergonha”
    É assim que ele agrada seus parceiros de GOLPE ,com o nosso dinheiro:

    https://www.brasil247.com/blog/a-farra-fardada-continua-falta-dinheiro-para-tudo-menos-para-os-militares

    1. Nessa perspectiva, eu li em algum lugar que 200 fundos já assinaram uma nota contra a política do canalha

      1. Provavelmente vao apoiar a superchapa Doria-Huck. O argumento? Lula é presidiário é ex-presidiario… Povo tem q sofrer mais p aprender. Ter um filho parente amigo com cancer precisando de tratamento de 500 mil reais por mes e o sus nao ter o plano de saude e seguro nao cobrirem a despesa entrar na justiça e o juiz dar ganho de causa ao Doria 4.0

    2. Isabel, essa foi a melhor análise desse traste que já li aqui. Perfeita !!

      E mais, será jogado aos leões junto com a sua camarilha preferida, os filhos, todos larápios e toscos como o próprio.

    3. Bolsonaro chamou a atenção dos golpistas norte-americanos desde aquela célebre entrevista de 1999 em que ele dizia que se chegasse a ser presidente fecharia o Congresso na mesma hora. Esta entrevista repercutiu no New York Times, e desde aí passou a ser uma presença constante nos algoritmos de avaliação da psicologia social do Brasil. Uma opção valiosa para a implantação da teoria da destruição das sociedades em desenvolvimento, de Steve Bannon.

  4. Ele já atingiu o posto que queria, se arrumou e ajeitou para toda família, o que vier é lucro, e se não vier já está arrumado.

  5. Essa charge parece o bucho de Bolsonaro: um câncer irreversível (ele mesmo) e duas metástases, Dória e Witzel. Perfeito!

  6. Não é bolsonaro o burro, sim a elite, a direita brasileira, por ter dado força à essa desgraça, achando que controlariam ele. Agora todos colhemos destruição, miséria e asco, sob aplausos dos lunáticos fanáticos.

  7. É fácil entender a gênese da teoria da destruição que adotou Bolsonaro para ser difundida no Brasil, a partir de seus mentores de extrema-direita que habitam os Estados Unidos.

    No filme “Privacidade Hackeada”, o programador Christophe Wylie, aquele rapaz com cabelinho rosa-choque que trabalhou com Steve Bannon na Cambridge Analytica, resume o método de Bannon com estas palavras:

    “Segundo Bannon, se você quiser mudar uma sociedade, você precisa antes destruí-la. Só então, a partir dos pedaços recolhidos na destruição, você poderá moldar a nova sociedade que você deseja.” Na verdade, Bannon não deseja a reconstrução de nenhuma sociedade em desenvolvimento. E o alvo de sua teoria é exatamente este tipo de sociedade. O que ele quer é apenas a destruição destas sociedades, para que nunca tenham meios de chegarem a ser desenvolvidas. E esta destruição está dentro da destruição generalizada planejada pelo Almirante Cebrowski, para garantir a hegemonia americana neste século. Esta lição stevebannoniana de falso idealismo liberal acionou os dois neurônios do astrólogo Olavo de Carvalho, hoje dedicado a enganar cérebros mais inocentes e vulneráveis, e veio a desembarcou em cheio no porão do cérebro (?) bolsonariano, para daí florescer em múltiplas colônias de esporos venenosos.

    Quem pode dizer que não foi esta a base teórica assumida conscientemente por Bolsonaro, quando prometeu publicamente nos Estados Unidos que “ia desconstruir tudo” no Brasil? E o pior é que esta teoria louca cativou muita gente por Brasil afora, até mesmo, segundo parece, também influentes setores das Forças Armadas.

    Pode-se ver o rastro do furor destrutivo por toda parte, e isto explica a escolha de tanta gente incompetente para funções públicas e posições de vital importância. Para destruir, o ideal é que o destruidor não tenha ideia da importância do que está a destruir. Até nos pequenos detalhes, como a tentativa de suspender o uso dos radares nas estradas, está presente a teoria do desmonte geral. .

    Destruir para depois reconstruir um país gigante como o Brasil? Seria mais fácil enfiar um elefante em uma caixa de fósforos. Talvez
    seja por isso que os filhos do semi-ditador se aborrecem com a lentidão do processo destrutivo, e falam que é quase impossível prosseguir com sua missão stevebannoniana enquanto ainda restar no país um mínimo de normalidade democrática.

    O resultado não poderá ser outro senão muito problema para ser sanado quando a sanidade for restabelecida, o que não deverá tardar.

    Trata-se de um absurdo ridículo, e ao que parece foi inicialmente testado em Honduras, um país pequenino que não pode ser cobaia
    válida para o Brasil. Embora muita gente influente por aqui julgue que o Brasil é do mesmo tamanhico de Honduras.

    Jamais um país foi tão radicalmente destruído como Honduras, a partir de um golpe de estado que instalou uma falsa democracia
    acompanhada de muitas promessas de reconstrução neoliberal. Até cidades inteiras foram entregues a empresas privadas. E até hoje seu miserável povo, em boa parte iludido pela fantasia inatingível da instalação do paraíso neoliberal em sua terra, amontoa-se pelas estradas de saída do país, à espera de migrar para os Estados Unidos, o que o Trump quer impedir a todo custo.

    1. Lembro bem q o Zelaya q era da direita mas direita decente (existe, aceitem) depois viu q a esquerda era o caminho p Honduras quis fazer uma constituinte nunca golpe algo totalmente legal e com uma consulta! E toda midia piguenta dizia q era golpe. Tai o resultado. Deviam reunir tidos jirnalistas mostrar o q escreveam na epoca e esfregar na cara deles ate sangrar.

  8. Bolsonaro tem convicção e é um soldado de interesses internacionais e nacionais entreguistas e para isso precisou contar com as forças conservadoras de todos os partidos que não estão na oposição no voto. Sabe também que sua condição de saúde é grave, com prognóstico incerto e que também já fez um pé de meia para todos os filhos, mesmo que às custas de futuro incerto para eles. Está pavimentando uma sucessão conservadora que foi beneficiária de seus atos. Prognóstico para reeleição não está em seus planos, embora faça parecer o contrário.

    .

  9. Apenas para efeito de reflexão a longo prazo (deus me livre de dizer que devemos esperar tanto!). Há um fenômeno mundial de saída do armário dos conservadores retrógrados (retrógrados, entendam bem). Querem restaurar idos tempos edílicos (tremenda mentira) em que a família e por consequência a religião eram valores sólidos e consolidados. Claro que nunca foram porque não perduraram. Famílias e por conseguinte as religiões, estão em avançado estado de decomposição. Para tanto os interesses econômicos encontraram nesta nostalgia idiota uma massa de manobra perfeita que é a manifestação e prevalência das igrejas evangélicas. Os crentes que votam nos candidatos que os pastores mandarem e estão convencidos de que o comunismo como o forum de São Paulo é uma ameaça real, realizam, no mundo todo, o renascimento ou a conservação do neoliberalismo econômico, esta quintessência do capitalismo financeiro, improdutivo e estéril. A longo prazo isto não vai dar em nada, a não ser de um lado o maior enriquecimento de uns e do outro o embrutecimento da razão. Não vai dar em nada porque estes canalhas não têm nada para dar.

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