O ódio fez a Alckmin o que nem a falta d’água fez

dataalckmin

A pesquisa Datafolha que, hoje, mostra a queda vertiginosa da aprovação de Geraldo Alckmin, não tem claro, uma única explicação.

De fato, a continuidade da crise hídrica paulista e a crise na economia são fatores que contribuem para a perda de seu prestígio como governante.

Mas, se contribuem, não podem, por já virem de muito tempo, ser razões suficientes para que, pela primeira vez no seu longo reinado, a reprovação supere a aprovação.

E a pesquisa o mostra:a brutalidade com que o Governador paulista trata a crise detonada pelo seu projeto de fechar escolas é o fato novo que responde pela sua derrocada.

Escreve-se “é”, porque está em curso e ainda promete ser mais, porque está longe de terminar e, queira o destino que não, ainda pode ter acontecimentos dramáticos.

Embora seja possível que a medida esteja por trás de algum plano de favorecer a privatização do ensino, nem mesmo isso se daria em tão pouco tempo que não justificasse diálogo, composição e uma transição negociada para um estrutura mais “enxuta”.

O que o explica – ou não explica, mas alimenta – é a tentação autoritária que foi progressivamente tomando conta  dos tucanos, que transitaram rapidamente de uma noção algo elitista de democracia para o ódio político que, se contamina uma parcela da população, acaba saltando aos olhos e amedrontando as pessoas serenas e de bem.

Li, ontem, não me recordo onde, que o PSDB começou o ano batendo em professores no Paraná e terminou espancando estudantes em São Paulo.

Em outro campo, mas pelas mesmas razões, os tucanos começaram o ano com um esplêndido resultado eleitoral, que os tornava capazes de liderar a oposição no Brasil e caminhar para uma retomada de poder para o terminarem a reboque de Eduardo Cunha, jogando a sua sorte num processo de desestabilização que começa a deixar claro que os está isolando e do qual, finalmente, sairão com o indelével estigma do golpismo.

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13 respostas

  1. Em 2010 Alckmin passou os dois últimos dias em Nova York a fim de estudar o modelo de educação implantado na cidade. E de lá trouxe a ideia, pois o que é bom para USA é ótimo p/ Brasil.
    O tucano se encontrou com o prefeito Michael Bloomberg e visitou escolas no Brooklin e Queens, regiões mais pobres da cidade.
    Ocorre que os Estados Unidos gastam muito dinheiro na educação. Aqui ele quer fechar as escolas de periferia onde estudam a população pobre sem dar outra alternativa, mas gastar o dinheiro com a Mídia amiga isso pode

  2. GAFE atribuindo essa queda do Alckmin ao governo federal em 3… 2… 1… (Afinal, tudo de bom foi devido à sua excelente jestão e tudo de ruim foi culpa dos outros)

  3. Estranhei as letrinhas pequenininhas na primeira página da Folha.
    Bem diferente de quando os resultados negativos são pra Dilma ou Haddad.

  4. Foi aquele maldito premio de melhor gestor hídrico do Brasil que acabou com a imagem do Alkmin, pegou mal em sampa. Para a população, restrição hídrica que dá premio, significa falta de água para necessidades básicas.

  5. Pouco a pouco começa a cair a máscara do pinóquio. Após a desastrada gestão do problema da água, usando a mídia para manipular a verdade do racionamento agora se expõe totalmente com a escandalosa manobra no campo educacional.
    São Paulo tem sido administrado como feudo dominado pelo PSDB. A PM tem sido utilizada como mão de gato para, além de seu papel constitucional, atacar possíveis oposições .
    Isso se propaga pelo boca a boca e, agora, internet.
    Ainda mais claro fica colocando o início do ano no Paraná a par de idêntico final do ano em São Paulo, ambos governados pelo já sinistro PSDB: porrete na estudantada, professores e apoiadores.

  6. esse pesquisa demonstra que a falta de água não afetou a popularidade do alckmin, por que a torcida parmeira é muito maior que a do curica, já que tem muito porco em são paulo, que não se importa em ficar sem água por conta da incompetência dos tucanos kkkkkkkkkkkkk

  7. Basta ver quando a manifestação é coxinha. Não aparece pm pra desobstruir as vias.
    Apenas pra tirar selfie com a galera.
    Mas na manifestação dos estudantes pobres de escolas estaduais, apareceu um monte dando
    borrachada na molecada.

    Entendeu, né?

    1. Essa geração é que vai travar batalhas contra a coxinhada cataguri.

      Esses jovens estão de parabéns. Brigaram pelo que acharam justo.

      Foram para as ruas.

      Não ficaram atrás dos teclados, criando ódio virtual, alimentando imbecilidades.

      Que sirvam de exemplo para os mais velhos que não puderam lutar em 64 e hoje ficam enchendo o saco na internet, pedindo retorno da ditadura.

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