Ofensiva do STF deve paralisar saída de Weintraub

Jair Bolsonaro está preso no córner.

Como jamais tomou qualquer iniciativa para conter sua matilha – nem demitiu Abraham Weintraub logo após a sugestão de prender os “vagabundos” do STF, nem puxou as coleiras dos seus núcleos de apoio – está, agora, em imensa dificuldades de se mover.

Como escrevi ontem à noite, a demissão, agora, do Ministro da Educação de pouco ou nada servirá, porque não é um gesto, mas uma retirada vergonhosa, diante de suas tropas açuladas.

Ao mesmo tempo, não pode avançar e “peitar” o Supremo, porque não tem apoio dos militares da ativa para isso, muito embora haja vontade de Augusto Heleno & companhia.

O encontro entre Gilmar Mendes e o general Edson Pujol, comandante do Exército, relatado por Maria Cristina Fernandes no Valor Econômico, é mais uma evidência de que o comando das Forças Armadas não vão entrar no atropelo aos poderes por simples desejo presidencial.

Bolsonaro, através dos filhos, está sendo advertido de que pode perder seus radicais, que são o que lhe resta, sem ter certeza de que recuperará os “moderados”.

A ideia que se menciona, a de nomeá-lo para um posto no exterior, por se tratar de uma evidente fuga de juristição, não passa no Senado e, se passasse, cairia na Justiça.

Não importa o que faça, Weintraub será dilacerado em praça pública.

E, convenhamos, por merecimento.

 

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10 respostas

  1. É quase certo o que comentam: A centro-direita (PSDB, talvez Ciro e etc.) estaria negociando apoio ao não-impeachment e à permanência de Bolsonaro. Em troca, ele daria sinais de moderação, como a demissão de Weintraub. O telefona a Putin pode também ser tido como novo sinal de moderação.
    Ou este pessoal quer apenas se unir ao Centrão em busca de cargos, ou está a armar um novo realinhamento da direita com a extrema-direita, já que com a galopante ruína do governo Bolsonaro, o futuro pós-pandêmico não aponta para nada que não seja uma explosão inevitável de popularidade da esquerda progressista. Deste modo esse pessoal demonstraria preferir, mais vez, aliar-se ao extremismo de direita para não admitir uma possível recuperação do país que inclua o reconhecimento político dos progressistas no jogo democrático.

  2. Como ficarão as manadas bolsonarianas sem Bolsonaro? Que novo mito poderá ser inflado para substituí-lo?

    1. Vão achar outro mito pra tocar o berrante, vai aparecer outro energúmeno tão ruim ou pior que o bozo pra ocupar o vácuo de estupidez.

      1. Difícil a bezerrada gritar “mito” para outra pessoa, mas com certeza, salvo o bolsonaro participar da eleição 2022, será um candidato com apoio total da globo/folha/estadão e seus satélites.

  3. É quase certo o que comentam: A centro-direita (PSDB, talvez Ciro e etc.) estaria negociando apoio ao não-impeachment e à permanência de Bolsonaro. Em troca, ele daria sinais de moderação, como a demissão de Weintraub. O telefona a Putin pode também ser tido como novo sinal de moderação.
    Ou este pessoal quer apenas se unir ao Centrão em busca de cargos, ou está a armar um novo realinhamento da direita com a extrema-direita, já que com a galopante ruína do governo Bolsonaro, o futuro pós-pandêmico não aponta para nada que não seja uma explosão inevitável de popularidade da esquerda progressista. Deste modo esse pessoal demonstraria preferir, mais vez, aliar-se ao extremismo de direita para não admitir uma possível recuperação do país que inclua o reconhecimento político dos progressistas no jogo democrático.

      1. Com certeza se ferrariam, e bem rápido ao ponto de voltarem atrás 360 graus e continuarem a preparar um Huck ou um Dória. E o Ciro, que está rouco de tanto apostar no declínio da esquerda, vai ficar mais uma vez chupando o dedo. Ele é branco, mas não para a Casa Grande.

  4. Caro senhor ,donde o senhor tirou,tanto OTIMISMO?Eu,simples eleitor,estou a procura,ha mais de um ano,e não consigo encontra-lo.Será que o OTIMISMO,é CLANDESTINO?

  5. Bolsonaro não me assusta. Considero-o um retardado histriônico. Assusta-me a sociedade que o elegeu. Né não?

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