Os generais devem escolher: ser coveiros de um golpe ou enterrar brasileiros?

Os militares brasileiros são, em grande parte, os culpados por estarmos sendo governados por um sandeu, um psicopata furioso que está mais preocupado com “likes” do que com cadáveres.

Não são o únicos, é verdade, porque antes deles vieram os “gravatinhas” do Judiciário, o “baixo clero” do Congresso e os arrumadinhos da mídia.Mas destes, ao menos, pode-se dizer que muitos, no primeiro caso, e quase todos, no segundo, refluíram e estão agindo com algum grau de responsabilidade que a situação exige, às portas de um morticínio como o que estamos vendo acontecer pela Europa e, ao logo desta semana, nos Estados Unidos.

É dos generais, portanto, que devemos exigir que assumam sua parte de culpa e ajam para evitar que o desastre se transforme em hecatombe, pelo criminoso, irresponsável e genocida impulso de Jair Bolsonaro para que as pessoas deixem os velhinhos em casa e vão para a rua, pressionadas pelo desemprego (ou o medo dele), se contaminem e voltem para propagar a morte para os idosos e doentes que em casa deixaram.

Ninguém quer, senhores, um golpe de Estado no Brasil, exceto Jair Bolsonaro e ele nem teve coragem de negá-lo, ontem, na entrevista à Band, quando saiu pela tangente ao dizer que quem vai dar golpe de Estado não o diz. Exatamente como fez. Bolsonaro é psicopata, mas não está desinformado ou mal assessorado.

Ao contrário, tem os piores dos piores daqui e assessoramento dos núcleos subversivos internacionais da extrema direita. Eles se funda na constatação que vem desde Maquiavel de que um homem esquece mais rapidamente o assassinato de seu pai que a perda de suas riquezas. E que, portanto, não ficará a culpa por dezenas de milhares de mortes, mas a angústia e o sofrimento das massas diante da recessão, profunda e cruel, da qual dirá que foi o apelo à quarentena o responsável. Logo, Congresso e Judiciário que o impediram, gorduchos e indiferentes aos que ficariam sem trabalho. Há método na loucura aparente de Jair Bolsonaro.

O que há, portanto, é a necessidade de abortar este golpe no nascedouro e ver o que se pode fazer para evitar que as mortes de brasileiros não sejam mais do que as milhares que hoje, infelizmente, já não será possível impedir.

Vistam suas fardas engaloadas, juntem-se os comandantes das três Armas e digam ao presidente que não apoiarão nenhum apelo para que as ruas se encham, as escolas funcionem e a população se mate.

Digam que estão dispostos a assumir a coordenação logística para que as cidades sigam abastecidas, para que haja estruturas hospitalares emergenciais, que suas unidades bacteriológicas serão ampliadas e equipadas para velar, ao menos, para que os hospitais não liquidem seus próprios médicos, enfermeiros e assistentes com contaminação com o vírus, tirando de combate o pessoal mais precioso neste momento.

Não aceitem que a rendição aos interesses do capital e os planos do ex-capitão terrorista (esqueceram?) se sobreponham ao mais básico direito dos brasileiros, o de não morrer inutilmente.

Bastará.

Ao perceber que não terá apoio na aventura genocida, Bolsonaro recuará e entregará não só o comando da ação do governo brasileiro mas, possivelmente, entregará o próprio governo.

Todos, então, poderão buscar saídas dentro da legalidade e que tragam, também, a volta da legitimidade que se perdeu.

Do contrário, conformem-se de serem úteis apenas para transportar cadáveres e, numa mórbida e apavorante metáfora, serem os coveiros do povo brasileiro.

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