Embora há quase sete meses não cuide do Brasil, há duas coisas de que Jair Bolsonaro não se descuida.
Uma é fazer, o máximo que pode, o by pass nas chefias e lideranças militares, procurando contato pessoal com a tropa – deve estar perto de uma centena o número de visitas e solenidades militares ou policial-militares – seguindo o mesmo roteiro que fez, durante anos, quando suas pretensões não iam além de eleger-se deputado com os votos da caserna.
Os generais – exceto Augusto Heleno, que aderiu, sem pudores, à histeria – apagaram-se e resumem-se a ajudantes de ordens do capitão. Quem tinha algum brio, como o general Santos Cruz, ao ser enxovalhado, afastou-se da aventura.
Outra ação cotidiana com a qual o presidente nunca é relapso é com as “milícias virtuais” , seus fanáticos incondicionais e furiosos, a quem o “chefe” excita diariamente com suas declarações truculentas e que estimulam o ódio mais irracional.
Uma estranha e deprimente “SS” tupiniquim, com camisas amarela em lugar das negras do passado. (no video, equivoquei-me e das “pardas” da SS, e as camisas pardas eram das SA, as Sturmabteilung, as tropas de assalto de Hitler)
Bolsonaro não mira mais do que isso: sustentação entre os militares não necessariamente entre seus comandos – e o apoio mobilizado de civis extremistas que maquiem seu autoritarismo como “vontade das massas”.
Ele não trabalha para unir o país por qualquer projeto, mesmo conservador. Ele não o tem, exceto o de destruição do que conseguimos ser, até agora.
Bolsonaro nao tem de ser combatido apenas em nome do progresso do Brasil ou mesmo de conquistas sociais da população.
Ele deve se enfrentado em nome da civilização e da liberdade, porque emula a barbárie e a opressão.