Previsão de déficit público volta a subir e vai a R$ 861 bilhões

O aumento de despesas – mais R$ 63 bilhões por conta da extensão, em valor menor, do auxílio emergencial – era esperada. Mas hoje, na previsão de receitas e despesas, o governo federal assumiu também uma revisão para baixo – em R$ 10 bilhões – das receitas federais para 2020.

Na soma, são quase R$ 74 bilhões de déficit previsto, subindo a R$ 861 bilhões.

É um sinal de que a arrecadação federal – que sai oficialmente na semana que vem – não cresceu no ritmo esperado, mesmo antes da queda do volume de injeção de recursos na economia pela redução à metade do auxílio.

Estamos na última temporada de índices positivos de crescimento dos indicadores econômicos, por conta das baixas bases de comparação dos meses anteriores.

Com o déficit de estados e municípios, que compõe o déficit público. vamos para bem perto de R$ 1 bilhão, por volta de 13% do PIB, dependendo de como este se comporte.

Amanhã, quarta, sai o IPCA-15, prévia da inflação oficial. Qualquer resultado acima de 0,3% – o que é provável – levará a inflação acumulada em 12 meses para acima de 2,5% em 12 meses, acima das previsões do mercado e criando pressão sobre os juros.

As ladainhas sobre o teto de gastos, pode apostar, vão recomeçar.

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