Só o voto vai limpar o Brasil deste moleque

Previa-se que Jair Bolsonaro iria responder com grosserias e palavrões à interpelação da cúpula da CPI da Covid sobre serem verdade ou não as acusações do deputado Luís Miranda de que não apenas soube e não reagiu às denúncias de irregularidades na compra das vacinas Covaxin como teria dito que aquilo seria “um rolo do Ricardo Barros, deputado do PP que é líder de seu governo.

E, claro, ele fez assim e disse “caguei para a CPI”.

É a linguagem suja e a escatologia comum em suas falas, quando sai do bordão sexual dos namoros, casamentos e afins com que costuma responder sobre suas relações político-institucionais.

Mas, como o presidente toma a iniciativa de usar uma linguagem nada protocolar, é possível dizer que há um erro de conjugação do verbo.

Bolsonaro, na verdade, está se borrando de medo que venha à tona um áudio que, embora não se possa dizer que exista, poderia existir, por terem sido aquelas palavras que pronunciou, e isso está mais que claro, depois de duas semanas sem que ele se disponha a desmentir aqueles fatos.

Mas mesmo que não apareça o áudio, ou que o medo de retaliação mantenha oculto o dossiê feito pelo ex-diretor Roberto Dias, ou ainda que não se descubra como há uma imensa plantação de pistas falsas e confusionismo para que não se descubra o lodaçal de irregularidades, as pesquisas estão mostrando que a imagem de Jair Bolsonaro está imunda.

Poderíamos não ter chegado a esta imundície, se a gente limpinha e cheirosa não tivesse se unido a este porco, se o Ministério Público não se tivesse transformado em um apêndice do Governo, se o Legislativo não tivesse sido comprado à custa de emendas milionárias e de um Orçamento paralelo e se as Forças Armadas não se prestassem a se portar como de fossem os seus altos oficiais os rufiões destes arroubos nojentos.

Só há um caminho para este país limpar-se e as pesquisas indicam que a população apercebeu-se dele.

Dos 51% que rejeitam o presidente o acham péssimo e 11%, ruim. Dos parcos 24% que o aprovam, 9% o acham bom. Ou seja, quatro em cada dez Brasileiros detestam Bolsonaro; apenas um o adora.

É provável que esta madrugada surjam os números que mostrem como a maioria já sabe que irá seguir para salvar o Brasil que é nossa terra, não nossa lama.

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