O cinismo do Sr. Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, é brutal.
Declarou que “não faz parte do seu trabalho” acompanhar quem são os mortos pela Polícia Militar com o uso dos “snipers” (atiradores de elite e de longa distância, camuflados) que ordenou fossem empregados para “mirar na cabecinha e…”
Disse hoje, ao RJTV, da Globo que estes atiradores “já estão atuando” e que não faz “a menor ideia de quantos já foram mortos”.
Assim, com essa frieza.
Se o Ministerio Público quiser, vá atrás dos autos de resistência, debochou.
Alguém acredita que um atirador, do alto de um prédio ou de uma torra, mata alguém a 500 metros de distância, desce, vai na delegacia, relata o ocorrido, assume o disparo e aí, uma hora depois, a polícia vai ao locar recolher o corpo e fazer o “auto de resistência”?
É mais um cadáver sem matador, mais uma “bala perdida”, mais um “confronto de gangues” onde se relata que um tal “Zé das Couves” morreu numa guerra de quadrilhas.
É difícil crer que um homem assim já foi juiz e impossível acreditar que nos governe.