Imposto “Cata-Cata”: os palitos de Guedes

Já foi o abono do PIS, o seguro defeso, o salário-educação, o reajuste dos aposentados, o congelamento do salário mínimo. Agora, é a contribuição patronal para o “Sistema S” que está na mira de Paulo Guedes para ser a salvação da lavoura da recuperação da economia.

Sabem o que lembra o ministro da Economia? Aquela situação que todos nós já passamos de catar moedas no fundo de gavetas, nas profundezas dos bolsos de casacos e paletós esquecidos no armário e, no desespero, até no cofrinho das crianças.

De reforma tributária isso nada tem e a história de que cada novo tributo terá uma compensação igual em alívio nos impostos é daquelas coisas que recordam o famoso “seis por meia-dúzia”. Se não vai aumentar a arrecadação, para que mexer?

Pretender chamar isso de reforma tributária é uma piada trágica. É uma economia de palitos, preocupada em juntar moedinhas oportunamente catadas.

O fato de termos sobrevivido ( com danos e escoriações, é verdade) à crise da pandemia já demonstrou com sobras de que não existe caminho para a reativação da economia que não seja o da elevação de renda e do consumo e, por que não se pode prover renda sem emprego e não se pode der emprego sem investimento.

Paulo Guedes parece apostar todas as suas fichas na desoneração das folhas de pagamento, uma estratégia que deu muito errado no governo Dilma Rousseff pois, como a própria ex-presidenta reconhece, levou as empresas a embolsarem a diferença em lucro e não elevar os seus contingentes de trabalhadores.

O que é natural porque não injeta renda na economia e não cria pressão de consumo.

A redução das contribuições das empresas ao “Sistema S”parece que vai seguir o mesmo caminho.

Mas há pior, embora não creia que vá durar mais que um ou dois dias: aumentar a carga de tributos do Simples, onde se enquadram pequenas e microempresas. Era só o que faltava para inviabilizar centenas de pequenas empresas, as grandes responsáveis pelo emprego no Brasil.

Guedes é um completo incompetente, imprudente e a garantia de que, apesar de todo o seu potencial econômico, o Brasil vai continuar capengando.

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