O salário dos executivos: milhões, mas ‘nada’ perto do lucro sem imposto

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O UOL divulga a lista da Comissão de Valores Mobiliários com a remuneração dos executivos das grandes empresas brasileiras.

É de deixar a gente espantado com o que fazem com tanto dinheiro.

Vejam a lista, por cabeça:

Itaú: R$ 40.918.000,00 por ano (R$ 3.409.833,33 por mês)

Vale: R$ 19.046.168,46 por ano (R$ 1.587.280,70 por mês)

Bradesco: R$ 15.952.500,00 por ano (R$ 1.29.3.375,00 por mês)

TIM: R$ 8.173.653,71 por ano (R$ 681.137,80 por mês)

Iguatemi: R$ 8.086.564,48 por ano (R$ 673.880,37 por mês)

Alpargatas: R$ 7.336.200,00 por ano (R$ 611.350,00 por mês)

Vivo: R$ 6.719.912,45 por ano (R$ 559.992,70 por mês)

Respire e se acalme, porque isso não é nada perto do que recebem os acionistas que controlam as empresas, sem impostos, como lucros e dividendos.

Aí, as somas vão à casa dos bilhões.

Ah, sim, é a meritocracia…

Só que alguém paga por isso e, adivinhe, somos eu, você e todo o mundo.

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22 respostas

  1. Os grandes escritórios de advocacia também remuneram bem seus sócios. Aí o judiciário vem e diz que um juiz não pode ganhar menos que um bom advogado. Então fura teto, põem auxílio moradia, auxílio creche, auxílio paletó….

    1. Isso! Ninguém os obrigou a serem juízes. É só largar o osso e ir advogar, ao invés de inventarem uma pseudo ética flexível para casos particulares que lhes interessem.

    2. Em muitos casos remuneram através de distribuição de lucros e não salários, ou seja, não pagam IR…

  2. É o “Bolsa Banqueiro”!

    Esses espertões ainda conseguiram convencer um bando de “pobretões” a ir para as redes sociais defender o pseudo-liberalismo aristocrático e medieval que se faz no Brasil! Para isso financiam MBL, Instituto Millenium e os Rodrigo Constantino da vida..

    Eu sou capaz de apostar que a maioria dos comentários dessa matéria do Uol seguem a linha: “eles merecem”, “não roubaram ninguém”, “quem fala mal tem inveja”…

    Claro, o perfil do trouxa é sempre o mesmo: pobre de direita… ex eleitor de Aécio… ex-manifestoche… ex-paneleiro… atual Bolsonarete… futuro eleitor de Alckmin.

    1. Pois é. O mais ridículo é o comportamento do manifestoche, quando, sendo de classe mérdia ou pobre de direita, ao ouvir falar em taxação de heranças e impostos sobre lucros, dá chilique e rosna, defendendo o 1% bilionário, como se fizesse parte da Casa Grande. E como se não fossem também prejudicados pela falta que esses recursos fazem ao orçamento. Trouxinhas mesmo!!!

      1. John Petter 10 horas atrás
        Cuidado. Inveja mata. O valor é justo para um super executivo.

        Raphael Pad 12 horas atrás
        Mais uma vez o Estado metendo o bedelho onde não é chamado. Empresa pública deve ser transparente, empresa privada não deve expor seus funcionários, mesmo com valores pitorescos.

        rlhenrique 2 horas atrás
        Gostaria de ter esse salário. No entanto não acho nenhum aburso. Nenhuma empresa pagaria esse valor se o funcionário não realizasse um trabalho que geraria muito mais para empresa.

        Dimas Lacerda 4 horas atrás
        Vejo cada comentário aqui que dá vergonha. Um cara desse por competência pode fechar um contrato que rende 200 vezes mais que isso em uma hora assim como pode afundar uma empresa (exemplo BRF). Esse dinheiro vem da iniciativa privada e presidentes de multinacionais ganham isso e ate mais no mundo inteiro, seja aqui ou na França. Está diretamente relacionado a quantidade de dinheiro que ele comanda.

        1. “Com uma alíquota de 2% a 3% sobre lucros e dividendos, já se obteria a mesma arrecadação e sem onerar grande parte dos brasileiros”, estima o economista, lembrando que, pelas regras brasileiras, “quando o lucro vai para a conta da pessoa, não paga mais imposto”.
          “Pouquíssimos países concedem este privilégio tributário. Restaram Estônia e República Checa, entre as economias mais conhecidas, que também isentam de imposto de renda. Neste aspecto, o especialista aponta para “um dado gritante”, ao se comparar a realidade brasileira com a de outros países. Em geral em nações como o Brasil e até mesmo os Estados Unidos, 1% dos mais ricos concentram 25% da renda nacional. “O que já é muito.” Mas ao analisarem o grupo mais restrito, ou seja, os verdadeiramente muito ricos, que representa 0,05% da população ou apenas 70 mil pessoas no Brasil, Gobetti e o colega de Ipea detectaram uma desproporção ainda mais aguda. “Este meio milésimo da sociedade concentra 8,2% de toda a renda do País. Não existe índice equivalente no mundo!”, destaca o economista gaúcho. Em países muito desiguais como a Colômbia, o grupo abocanha 5% da renda.
          Em nações ricas, o meio milésimo detém 1,5% ou, no máximo, 3% da renda, cita. Além de Gobetti, outros especialistas também analisam os impactos de mudanças no imposto sobre o lucro das empresas e a isenção que vigora para os ganhos dos acionistas. O objetivo é aproveitar os tempos difíceis para melhorar a eficiência do sistema tributário, torná-lo menos injusto e elevar a arrecadação.”

          http://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2017/08/economia/578027-dois-tercos-dos-muito-ricos-no-brasil-sao-isentos-de-imposto-de-renda-diz-economista.html

        2. Por mim, eles podem receber até mais, desde que paguem impostos proporcionais inclusive sobre a participação nos lucros. São uns espertalhões. Só aqui e na Estônia que eles recebem limpinho.

  3. Podem anotar esses valores. Em cinco anos, eles poderão ser o triplo. Nos EUA também houve a obrigação de divulgar a remuneração dos executivos. Isso resultou na escalada de valores. Os executivos competiam entre si para ganhar mais e para não ganhar menos de que seus pares. O mesmo processo ocorre também com jogadores de futebol.

  4. Se um miserável desempregado compra um quilo de feijão, paga no ato da compra cerca de 20% de impostos.

    Enquanto isso, os grandes rentistas e os anjos da guarda do “deus mercado” faturam o e$tratosférico, livres de impostos ou envoltos nas mais hábeis sonegações.

    O sistema tributário brasileiro é composto de dois Leões Siameses: um esfola os miseráveis de maneira subcutânea, o outro faz a alegria e a eterna bonança do andar de cima.

    Não seremos uma Nação socialmente democrática enquanto não houver uma revolucionária reforma tributária, que taxe, não o consumo, mas o rendimento.

    Onde o resultante dessa reforma seja distribuído na forma de um Estado de Bem Estar Social.
    #RobinHoodAsAvessas

  5. renda media do trabalho:
    Dinamarca: 1 para 4
    suecia: 1 para 5
    Finlandia… 1 para?
    brasil 1 para 300
    Todos eles paises em que as pessoas pagam bem MAIS -eu disse mais – imposto que no Brasil. Um dia essa ¨&orra explode.

  6. Reclamar da falta de imposto de lucros e dividentos está certo, mas… em que medida eu pago o salários dos donos do itaú, se nunca usei esse banco? O mesmo vale para as outras empresas da lista. No caso, eu só contribuo para os lucros da TIM, e em troca recebo um serviço razoável.

    1. O Itaú, como todos o grandes bancos, lucra muito com os juros da dívida pública, pagos com os recursos de nossos impostos. Além, claro, do financiamento do consumo de tanta coisa que nem ficamos sabendo em que banco foi transado.

  7. As vezes me pergunto o que é pior pro país: o itaú ou a globo. A globo todo mundo sabe que quer destruir a soberania, o itaú é bem mais sorrateiro e MUITO mais rico que a globo…

  8. Uma pessoa que ganha nais de um milhão de reais por mês deixa de ser uma pessoa e vira uma instituição. Uma instituição que não tem mais só um voto, mas milhares de votos.

    A mediocridade é um fato consumado
    na sociedade onde o ar é depravado
    marido rico, burguesão despreocupado
    que foi casado com mulher burra mas bela
    o filho dela é político ou tarado
    Caixinha, obrigado!

    A situação do brasil vai muito mal;
    Qualquer ladrão é patente nacional;
    Um policial, quase sempre, é uma ilusão
    E a condução é artigo racionado.
    Porém, ladrão… isso tem pra todo o
    Lado!
    Caixinha, obrigado!

    Juca Chaves – https://www.ouvirmusica.com.br/juca-chaves/319509/

  9. Warren Buffett disse: «Claro que há luta de classes, e é a minha classe, a dos ricos, que está lutando, e estamos vencendo». Mais claro e direto impossível.
    O problema é que de trás dessa primeira linha há um novelo de outras linhas cada vez mais fina, mas com apetites cada vez mais vorazes. Essa camada forma a fina flor da nobreza do dinheiro e um séquito gigantesco de candidatos ao ingresso nela. Por enquanto manda no planeta, num futuro por hora indeterminado serão motivo de desprezo e de burla, como marias antonietas.

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